CAMPO GRANDE (MS),

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    27/10/2013

    Comissão nacional e profissionais debatem autonomia do fisco

    Composição da mesa de autoridades, da esquerda à direita: presidente do Fisco Municipal de Campo Grande, Djalma de Andrade; diretor-financeiro e administrativo do Sindicado dos Agentes Tributários Estaduais de Mato Grosso do Sul (Sindate-MS), Luiz Péricles Ocariz de Moraes; diretor de Relações Institucionais do Sindicato Nacional de Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional), Fábio Galizia Ribeiro Campos; deputado estadual Amarildo Cruz (PT); deputado federal Fábio Trad (PMDB/MS); deputado federal Akira Otsubo (PMDB/MS); deputado federal Amauri Santos Teixeira (PT/BA); secretário de Estado de Fazenda de Mato Grosso do Sul, Jáder Rieffe Julianeli Afonso; presidente do Sindicato dos Fiscais de Rendas do Estado de Mato Grosso do Sul (Sindifisco/MS), Vitor Hugo Ortiz; diretor do Sindicato de Técnicos Tributários do Estado de Rondônia (Sintec/RO), Eliseu Godoy Bueno; presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Tributária de Minas Gerais, Marcus Vinícius Bolpato da Silva e o diretor do Sindireceita, Sérgio Castro


    Profissionais do fisco municipal, estadual e federal se reuniram na Assembleia Legislativa, na última sexta-feira (25/10), para discutir aspectos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 186/07, que está em tramitação no Congresso Nacional. A proposição do debate foi do coordenador regional da Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa a PEC, deputado federal Akira Otsubo (PMDB-MS), e contou com a presença dos deputados federais Fábio Trad (PMDB-MS) e Amauri Teixeira (PT-BA), que também fazem parte do grupo de trabalho. Representando os deputados estaduais, Amarildo Cruz (PT) deu as boas-vindas aos participantes e lembrou que é agente tributário e, portanto, também tem atuação voltada aos interesses da categoria. “O papel de vocês é fundamental para o desenvolvimento dos estados e municípios e, com certeza, defendemos a autonomia dos profissionais”, disse.

    O deputado Akira ressaltou a importância do debate na Casa de Leis, que marca o início de uma série de audiências públicas sobre o assunto. “Começamos por Campo Grande, teremos outros encontros e temos o compromisso de fazer um relatório que atenda aos interesses da categoria, que, sabemos, atua com dedicação e contribui para o desenvolvimento dos estados e o bem-estar da população”, afirmou. Já estão agendadas audiências públicas sobre a PEC em São Paulo (SP), no dia 31 de outubro; Salvador (BA), 4 de novembro; Florianópolis (SC), 7 de novembro e em Brasília, no dia 12 de novembro. A PEC prevê autonomia funcional, administrativa e orçamentária para as carreiras da administração tributária da União, de Estados, do Distrito Federal e de municípios. Foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) em junho deste ano, mas houve polêmica em relação à autonomia orçamentária. Após ser apreciado pela Comissão Especial, o texto seguirá para o Plenário, onde precisa ser aprovado em dois turnos. Segundo o deputado Amauri Teixeira, vice-presidente do grupo de trabalho, a expectativa é votar o relatório na comissão até 19 de novembro. “Uma vez aprovado na comissão, entra a articulação política para conseguirmos que seja colocado na pauta de votações em Plenário”, explicou. O deputado Fábio Trad também defendeu a autonomia do fisco. “Vamos todos somar esforços, até porque a atuação de vocês é essencial para o desenvolvimento de nosso país”, disse aos trabalhadores que compareceram à audiência pública, no plenário Deputado Júlio Maia.

    Segundo o secretário estadual de Fazenda de Mato Grosso do Sul, Jáder Rieffe Jullianelli Afonso, os investimentos para aperfeiçoar procedimentos e garantir mais autonomia na área tributária não devem ser considerados “meras despesas”. “Muitos governos devem se conscientizar que os investimentos na esfera tributária trazem retorno, inclusive para a eficiência administrativa”, disse, reiterando que é favorável à PEC e que os esforços agora, para a aprovação, são atribuições dos parlamentares. “A PEC não depende de sanção da presidente, mas sim do empenho do Legislativo”, complementou. O diretor de Relações Institucionais do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil, Fábio Galizia Ribeiro Campos, enfatizou que a garantia de dispositivos legais que garantam mais autonomia profissional será determinante até mesmo no combate aos ilícitos. “Com mais autonomia, podemos garantir o desenvolvimento e aperfeiçoamento das ações e que venham a ser executadas por pessoas de caráter técnico e com mais transparência”, disse. “O objetivo é atuar preferencialmente com a arrecadação séria e espontânea, ajudando a combater a corrupção”, complementou.

    Casa Cidadã – Agente tributário estadual há 25 anos, Jesus Faustino destacou a importância do debate. "Há muita divergência entre os estados, municípios e União e vejo como positivo uma unificação, um ficar mais próximo do outro", disse. E complementou: "O debate não poderia ser em outro lugar que não na Casa de Leis, um espaço democrático". Esta é a mesma opinião da auditora fiscal da receita municipal de Campo Grande, Gianni Iyara da Costa Lessa, que atua há 10 anos na área. "A Assembleia Legislativa é o lugar mais propício para qualquer debate; é aqui que a discussão deve acontecer". Segundo ela, "quando os Poderes têm uma administração tributária eficiente, a arrecadação também assim o será, porque toda administração pública só consegue realizar suas ações com uma administração tributária eficaz".


    Composição da mesa de autoridades, da esquerda à direita: presidente do Fisco Municipal de Campo Grande, Djalma de Andrade; diretor-financeiro e administrativo do Sindicado dos Agentes Tributários Estaduais de Mato Grosso do Sul (Sindate-MS), Luiz Péricles Ocariz de Moraes; diretor de Relações Institucionais do Sindicato Nacional de Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional), Fábio Galizia Ribeiro Campos; deputado estadual Amarildo Cruz (PT); deputado federal Fábio Trad (PMDB/MS); deputado federal Akira Otsubo (PMDB/MS); deputado federal Amauri Santos Teixeira (PT/BA); secretário de Estado de Fazenda de Mato Grosso do Sul, Jáder Rieffe Julianeli Afonso; presidente do Sindicato dos Fiscais de Rendas do Estado de Mato Grosso do Sul (Sindifisco/MS), Vitor Hugo Ortiz; diretor do Sindicato de Técnicos Tributários do Estado de Rondônia (Sintec/RO), Eliseu Godoy Bueno; presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Tributária de Minas Gerais, Marcus Vinícius Bolpato da Silva e o diretor do Sindireceita, Sérgio Castro

    Deputado federal Amauri Santos Teixeira; deputado federal Akira Otsubo; deputado federal Fábio Trad; deputado estadual Amarildo Cruz
    Deputado estadual Amarildo Cruz; deputado federal Fábio Trad; deputado federal Akira Otsubo e deputado federal Amauri Santos Teixeira
    Deputado Amarildo Cruz discursa durante a audiência pública
    Deputado federal Amauri Santos Teixeira
    Jáder Rieffe Julianeli Afonso, secretário de Estado de Fazenda de Mato Grosso do Sul
    Fábio Galizia Ribeiro Campos, diretor de Relações Institucionais do Sindicato Nacional de Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional).


    Fonte: ASSECOM
    Foto: Roberto Okamura/ALMS