80% de trabalhadores aderiram a greve em cidades do interior, diz Sintect.
Greve é por reajuste salarial e entregas somente no período da manhã.
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Trabalhadores protestam em frente à agência no Centro de Campo Grande. (Foto: Tatiane Queiroz/G1 MS) |
Trabalhadores dos Correios de Mato Grosso do Sul decidiram paralisar os trabalhos e aderir a greve nacional da categoria por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira (18) nas cidades de Campo Grande, Dourados, Corumbá, Itaquiraí e Camapuã. Segundo informações do secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios e Telégrafos (Sintect/MS), Alexandre Takashi, o protesto tem adesão de cerca de 80% dos trabalhadores. Na capital sul-mato-grossense, conforme ele, pelo menos 120 carteiros cruzaram os braços, mas, ao contrário dos outros municípios, ainda não é possível mensurar o total da adesão.
A greve tem a participação de trabalhadores dos setores estratégico, operacional e comercial. São 1,6 mil funcionários em todo estado. Em Campo Grande, a manifestação se concentra em frente ao Centro de Tratamento de Encomendas e Cargas. No local, eles protestam com faixas e cartazes.
Conforme o Sintect, com a greve, todos os prazos para entregas de correspondências simples, especiais e até mesmo urgentes ficam prejudicados.
Takashi explicou que a principal reivindicação é o reajuste de 7,13% de acordo com a inflação, além do aumento real de 15% e a incorporação de R$ 200 aos salários. Os carteiros também pedem ajustamento da carga horária, com entregas somente no período da manhã.
A paralisação dos trabalhadores segue por tempo indeterminado e, de acordo com o presidente do Sintect, mais trabalhadores e outras cidades podem engrossar a greve até o fim do dia.
Outro lado
Por meio da assessoria, os Correios informaram que 93% do efetivo dos trabalhadores e 88% dos carteiros compareceram “normalmente ao trabalho” em Mato Grosso do Sul, númeraos que podem ser constatados por meio de sistema eletrônico de presença. Segundo o órgão, rede de atendimento ficou aberta em todo Brasil e, até o momento, todos os serviços estão disponíveis.
Ainda segundo divulgado pela assessoria, os Correios estão “aplicando medidas do seu Plano de Continuidade de Negócios para garantir a entrega de cartas e encomendas e o atendimento em toda a rede de agências. Entre as ações estão a realização de horas extras, mutirões para entrega nos fins de semana e deslocamento de empregados entre as unidades”.
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Em faixas, trabalhadores demonstram insatisfação com o salário. (Foto: Tatiane Queiroz/G1 MS)
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Do G1 MS