CAMPO GRANDE (MS),

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    13/09/2013

    Orro espera “parcelar” autonomia da UEMS até atingir 3% do orçamento

    Deputado diz que vai articular aumento de
    repasse de forma gradativa a UEMS
    O deputado estadual Felipe Orro (PDT) afirmou que pretende “parcelar” junto ao governo estadual a autonomia da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) até que se chegue à meta de 3% do orçamento anual do Estado.

    Orro destacou que esta proposta tem como objetivo ir aumentando de forma gradativa o repasse de recursos à universidade, sem que haja prejuízo aos cofres estaduais. “Não queremos atrapalhar os projetos e ações do governo, se fica inviável ter 3% do orçamento do Estado, então que a cada ano este percentual suba até que se chegue a este valor”, explicou ele.

    O deputado destacou que este ano o governo irá repassar R$ 113 milhões a universidade, e que a próxima luta será na discussão do orçamento para 2014. “Todo ano fazemos esta articulação aqui no legislativo, porém desta vez vamos ver se costuramos melhor nosso pedido”, avaliou.

    Projeto – Felipe Orro já apresentou uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) na Assembleia que defende justamente o repasse de 3% do orçamento do estado a UEMS, o projeto está sob análise na Comissão de Justiça da Casa. “Estamos aguardando uma posição da comissão para que a proposta seja encaminhada ao plenário”.

    O deputado já havia tentando “emplacar” sua proposta por meio da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), mas sua emenda foi rejeitada pela CCJR (Comissão de Constituição e Justiça e Redação) que entendeu que este projeto não competia a LDO. O presidente da comissão, o deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB), explicou que esta requisição deveria ser feita durante a discussão do orçamento de 2014 ou por meio de PEC.

    Exemplo – Orro aproveitou a discussão para destacar que em Mato Grosso a UNEMAT (Universidade Estadual do Mato Grosso) conseguiu autonomia financeira e agora tem mais condições de desenvolver os projetos e ampliar vagas. “Aqui nós teríamos uma infraestrutura melhor, investimentos em pesquisa e ampliação de vagas”, defendeu.

    O deputado ainda salientou que 78% dos estudantes da UEMS são advindos de escolas públicas e que existe dificuldade da universidade até de pagar as contas no final do mês. “Sabemos que o governo irá trazer uma sede e o curso de medicina para Campo Grande, mas a manutenção das unidades não está satisfatória”.

    Ele ressaltou que se não houver este acesso e oportunidade de ensino, muitos jovens deixarão de estudar para fazer outras práticas que não irão proporcionar crescimento profissional. “Vão acabar cortando cana, tocando gado, recolhendo eucalipto e deixando de estudar”, avaliou.


    Fonte: campograndenews
    Por: Leonardo Rocha
    Foto: Divulgação