CAMPO GRANDE (MS),

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    13/09/2013

    Mandetta nega participar da 'farra do cotão' e ainda diz que gasta menos do que podia

    Foto: Divulgação
    Após ser citado em matéria do site nacional Congresso em Foco, com repercussão regional, o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) afirmou em entrevista ao Midiamax, que sua imagem não deveria ter sido vinculada à chamada “farra do cotão”, já que ele gasta menos do que a média.

    O questionamento era quanto aluguéis de carro de microempresas. “Qual é o problema de adquirir serviços de empresas pequenas? Fui bem atendido, cotamos que o preço era menor que as outras e o serviço foi prestado corretamente e ainda não estou dando lucro para multinacionais”, afirmou o deputado sobre as empresas Renove e ML Veículos, de Campo Grande.

    Mandetta ainda argumentou que se dividir seu gasto total com aluguéis, cerca de R$ 56 mil, entre os três anos de mandato resulta em menos de R$ 2 mil por mês. “E parece que vão propor um gasto fixo para isso na Câmara entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, ou seja eu gasto bem menos que a média, terei que gastar mais?”, ironizou.

    O deputado ainda se justificou que o aluguel era de carros Gol 1.0 para seus assessores irem aos bairros, atenderem à comunidade ou em viagens ao interior de Mato Grosso do Sul, visto que em Brasília ele afirma só andar de táxi e em Campo Grande utiliza o carro da família.

    A cota parlamentar permite que cada deputado federal cerca de R$ 33 mil por mês, que pode ser usado em aluguéis de carros, segurança, correspondência, viagens oficiais, entre outros. Além disso, a verba para manutenção de gabinete é de R$ 78 mil.

    Questionado se após a onda de protestos, que pediram mais transparência e menos abusos do uso do dinheiro público, ainda se justifica cotas tão altas para a manutenção de um deputado federal, Mandetta afirmou que é a favor da diminuição dos valores.

    “Segurança particular? Não precisava ter gasto com isso. Para mim seria suficiente ser uma cota menor só para aluguel de carro a assessores, já que ninguém quer ir para lá e para cá com o seu carro, correspondência e viagens oficiais”, explicou.

    Quanto ao salário, Mandetta não acha que R$ 26 mil brutos seja muito. “Salário sai caro para quem não faz nada, seja alto ou um salário mínimo. Mas quando você paga a alguém que faz, acho justo, mesmo porque como médico eu ganharia mais do que isso”, destacou.

    Mandetta concluiu que nunca teve conhecimento de fazer parte da lista de investigações do TCU (Tribunal de Cintas da União) por utilizar irregularmente a cota parlamentar. Afirmou ter notas fiscais de tudo e que todas foram aprovadas pela Câmara e que sequer foi chamado pelos dois órgãos para dar explicações sobre irregularidades.


    Fonte: Midiamax
    Por: Fernanda Kintschner
    Foto: Divulgação