CAMPO GRANDE (MS),

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    24/09/2013

    Médicos acusam prefeito de ameaça de morte e agressão durante reunião em posto de saúde

    Prefeito Gílson Romando (PMDB)
    Uma reunião entre o prefeito de Rio Negro (163 km de Campo Grande), Gilson Romano (PMDB), os médicos Roberto Rangel e Ivan e vereadores da cidade, em um posto de saúde da cidade terminou em caso de polícia na tarde desta terça-feira (24/9).

    Roberto Rangel fez um boletim de ocorrência por conta das agressões que teria sofrido e Ivan, por ameaças de morte supostamente feitas pelo prefeito. Rangel chegou a ser secretário de saúde na atual administração do peemedebista.

    O prefeito acredita que a confusão foi por conta de interesses políticos, e Rangel argumenta que como conseguiu a maioria do financiamento da campanha do antigo aliado, e por ser médico, o atual prefeito estaria intimidado com uma possível candidatura sua nas próximas eleições. “Eu ia ser candidato a prefeito, deixei de ser para apoiá-lo”, diz.

    Insatisfeitos com o atraso de salários, o médico Ivan, resolver pediu demissão e por isso a reunião teria sido marcada na tentativa de resolver a situação e evitar a saída do clínico generalista. De acordo com o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a cidade tem mais de cinco mil habitantes. A cidade estaria sendo atendida nos últimos dias por três médicos

    A reunião se deu por conta da dívida de R$ 17 mil que o hospital da cidade, que se trata de uma Associação Beneficente, deve a Ivan que é contratado. Já Rangel, médico concursado na cidade conta que seus plantões estão atrasados em R$ 43 mil. Ambos dizem que não continuarão atendendo na cidade.

    A prefeitura destina um repasse mensal de R$ 44 mil a Associação, e outros R$ 21 mil são do Estado e do Governo Federal, de acordo com os médicos. O prefeito assumiu que deve em torno de R$ 41 ao hospital.

    Foi repassado à Polícia Militar, que durante a reunião, um dos médicos teria chamado o prefeito de “moleque”, e com isso o chefe do executivo agrediu o Dr. Rangel a socos. Já o médico Ivan conta que foi ameaçado de morte por Romano.

    Ainda segundo a PM, mesmo após a confusão ter sido separada por pessoas e autoridades ali presentes, outra confusão teria se iniciado minutos depois, porém só com agressões verbais.

    À reportagem, o prefeito nega as agressões físicas e conta que só houve trocas de ofensas. “Não tem quem suporte ser chamado de muleque”, diz. Ainda segundo Gilson Romano, Roberto Rangel apresentou dois atestados médicos, porém ele teria faltado no intervalo entre um e outro atestado.

    Já o médico conta que além dos atestados foi enviado um ofício a secretaria da saúde, por conta de folgas acumuladas e pedido de um período sem trabalhar, por conta de luto. Roberto conta que além dos problemas de saúda, dos dias de folga acumuladas, teve um irmão assassinado nos últimos dias.

    Os dois médicos disseram que gravaram o áudio no momento da discussão. Já o prefeito Gilson Romano diz que não fará boletim de ocorrência, porém se o caso for a juízo, fará um pedido de contraposto. “Também vou fazer junto ao CRM-MS (Conselho Reginal de Medicina-MS), um pedido de retratação do município”, diz Rangel.

    Fonte: Midiamax
    Por: Diego Alves
    Foto: Divulgação