Paulo Magalhães foi morto quando esperava a
filha na escola - Foto: Valdenir Rezende/Arquivo
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A execução do ex-delegado e professor universitário Paulo Magalhães, morto a tiros no dia 25 de junho último, na Capital, teria custado cerca de R$ 600 mil, segundo o encaminhamento das investigações em torno do caso. Magalhães foi assassinado por seis tiros que partiram de uma arma nove milímetros. A reportagem está na edição de hoje (28) do jornal Correio do Estado.
Segundo informações, o planejamento e execução do crime teriam envolvido cifras altíssimas, até mesmo pelo fato de a vítima ser um delegado aposentado e dadas às denúncias contra diversas pessoas, desde políticos até integrantes do Judiciário. Magalhães também fazia denúncias pelo seu site Brasil Verdade.
Somente a pistolagem teria custado R$ 600 mil, sendo meio milhão para quem efetuou os disparos e mais R$ 100 mil para o homem que pilotou a moto usada na empreitada. Na hora de sua morte, Magalhães estava com o carro estacionado em frente à escola onde pegaria a filha, na Rua Alagoas.
Foi surpreendido por uma dupla de moto, tendo o piloto parado ao lado do seu veículo e o garupa disparado sete tiros, errando apenas um.
A moto, segundo a polícia, foi desmontada e enterrada. Era uma Honda CB vermelha comprada dias antes do crime. Há dois suspeitos presos pela execução de Magalhães, com prisão temporária de 30 dias: o guarda municipal José Moreira Freires, e o funcionário de uma instituição de educação, Antônio Benites. Os dois se entregaram à polícia há cerca de dez dias, depois que houve tentativa de cumprimento de mandado de prisão contra eles. A suspeita é de vazamento de informações privilegiadas para facilitar a fuga dos suspeitos.
Um terceiro homem tem o mandado de prisão expedido contra ele, mas ainda não foi localizado pela Justiça. Há suspeita de que esteja morto. Exames de DNA serão feitos no corpo esquartejado encontrado no Lixão, na terça-feira da semana passada. É possível, para a polícia, que seja o suposto foragido. O corpo estava carbonizado, sem a cabeça, pernas e braços. A reportagem é de Michelle Rossi.
Fonte: CorreiodoEstado
Por: Michelle Rossi