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    28/08/2013

    Bernal lista nomes e afirma que vereadores ignoram ordem partidária para falar com ele

    Foto: Minamar Junior
    Mesmo com o cenário de briga contínua com os vereadores aliados ao ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB), o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), garante que está otimista e ainda espera ter maioria na Câmara.

    Ousado, Bernal conta que conversa com vários vereadores interessados e chega a incluir na lista parlamentares da oposição, que estariam desrespeitando ordens partidárias e se aproximando da base.

    “Quando digo que o PMDB está conosco é porque tenho consciência de que tem gente no PMDB que é a favor de Campo Grande. Cada um oferece o que tem. O Edil (vereador Edil Albuquerque), por exemplo, é bem relacionado com empresários”, justificou o prefeito, que também revelou bom diálogo com Vanderlei Cabeludo (PMDB).

    Bernal alega que a conversa é difícil porque alguns vereadores estão sofrendo pressão para se manter na oposição, o que ele considera um equívoco. “Eles brigam aqui embaixo e em cima, no poder, tem grandes articulações”, justificou, reafirmando que vai levar vereadores do PMDB para a base.

    O prefeito aproveita para elogiar o vereador Edson Shimabukuro (PTB), que na avaliação dele, pode ajudar muito com o conhecimento que tem de engenharia, e os vereadores Paulo Pedra (PDT), Dr. Jamal (PR) e Carlão (PSB). “São bons nomes. Não é possível que com tudo que estou fazendo pela região dele o Carlão não venha conosco. Também estamos conversando com o Pedra. Ele já está na base”, apostou.

    O prefeito não chegou a citar nomes, mas inclui na lista outros dois vereadores da oposição que não estariam, segundo ele, tão distantes da base. O Midiamax apurou que Bernal conta com vereadores do PSD, Coringa e Delei Pinheiro, para tentar conquistar a sonhada maioria entre os 29 na Câmara.

    Procurado pela reportagem, o vereador Coringa disse que o PSD, partido dele, é oposição a Bernal. Porém, ameniza dizendo que não se trata de oposição raivosa, mas propositiva. “Não pode criticar só. Tem que sugerir”, justificou.

    O vereador Delei Pinheiro (PSD) também nega, mas avalia que não vê necessidade tão grande de fazer maioria na Câmara. “Esta questão de base ou não é muito estranho. Todos os projetos foram votados de acordo com o que queria. Não foi prejudicado. Tem uma oposição que não fez nada contrário do que ele pediu e aprovou projetos das secretarias, o empréstimo. Não teve esta briga toda”, analisou.

    Delei alega que até o momento os três vereadores do PSD não sentaram para discutir a posição partidária, mas garante que tem posição definida. “Tenho respeito por todos. Tanto é que quando me perguntaram sobre comissão processante eu disse que votaria de acordo com provas. Se ele estiver certo, voto com ele, e se tiver errado, contra ele. Não sou influenciado por ninguém não. O que for bom para Campo Grande voto com ele todo dia”, admitiu.

    O prefeito tem seis vereadores declarados como na base dele na Câmara: Alex do PT, Ayrton do PT, Cazuza (PP), Waldecy Chocolate (PP), Luiza Ribeiro (PPS) e Gilmar da Cruz (PRB). Os vereadores Zeca do PT, Rose Modesto (PSDB) e João Rocha (PSDB) também costumam votar com a base, mas afirmam que são independentes e não têm compromisso com o prefeito.

    Se Bernal conseguir fechar efetivamente com pelo menos seis dos citados como postulantes a vaga, terá uma maioria necessária para, sem dificuldade, aprovar todos os projetos que enviar à Câmara. A missão, quando se trata de se livrar da cassação, fica menos complicada. Para isso, o prefeito precisa apenas de 10 dos 29 vereadores.


    Fonte: Midiamax
    Por: Wendell Reis
    Foto: Minamar Junior