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    24/05/2013

    Advogada recebia ordens de facção para alterar locais de crime, diz Gaeco

    Mulher foi uma das pessoas presas nesta sexta durante operação Black out.

    Advogada é presa por suspeita de participação em facção criminosa de MS (Foto: Tatiane Queiroz/G1 MS)



    Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça revelaram que a advogada Daniela Dall Bello Tinoco Rondão, presa nesta sexta-feira (24) durante a operação “Black out”, recebia ordens de uma facção que age dentro e fora de presídios para alterar cenas de crimes. A informação é do promotor de Justiça Marcos Alex Vera de Oliveira, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), um dos responsáveis pela ação.


    Segundo ele, a suspeita também advogava para os membros do grupo criminoso e servia como ponte, levando ordens das lideranças da facção que estavam dentro de unidades prisionais para os comparsas que cumpriam essas determinações.

    O G1 tentou falar com a mulher no momento da prisão, mas ela não quis dar declarações sobre o caso.

    Em uma das gravações, Daniela foi mandada a um endereço onde a polícia havia apreendido drogas. Conforme o promotor, a mulher deveria recolher objetos em que as drogas eram escondidas, além de balanças e equipamentos usados no preparo dos entorpecentes.


    A advogada foi presa em casa, no Jardim Leblon, região sul de Campo Grande, e levada para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do bairro Piratininga.


    Black out

    Ao todo, 60 mandados de prisão em Campo Grande e em pelo menos outros cinco municípios de Mato Grosso do Sul foram cumpridos pelo Gaeco, da Polícia Militar e da Agência Penitenciária Estadual (Agepen). Participaram 160 agentes e 45 viaturas foram usadas durante a ação, que começou às 6h.


    Durantes as investigações, mais de 170 celulares que estavam com os presos foram monitorados desde dezembro de 2012 e revelaram diversos crimes comandados pelos suspeitos.


    Entre os crimes que teriam sido comandados pela facção criminosa estão roubos de carros e atentados contra policiais de Mato Grosso do Sul, dentre eles, um policial militar aposentado, morto em Três Lagoas, a 338 km de Campo Grande, em março deste ano.


    Além dos mandados de prisão, lideranças da facção estão sendo transferidas de outros presídios para o Presídio Federal de Campo Grande.


    Gaeco monta operação para prender líderes de facções criminosas em MS (Foto: Tatiane Queiroz/G1 MS)


    Fonte: G1 MS (com informações da TV Morena)