Notícias, acidentes, economia, política, policial, concursos, empregos, educação, ciência, saúde e cultura.

CG,

  • LEIA TAMBÉM

    25/04/2013

    Vereadores ensaiam montar bloco e podem derrubar oposição a Bernal na Câmara

    Paulo Pedra, Jamal e Alceu Bueno planejam se unir a outros seis vereadores em bloco


    Um grupo de seis vereadores planeja criar um bloco de independentes na Câmara de Campo Grande. Os vereadores ainda não oficializaram o grupo, mas estão amadurecendo a ideia de construir uma ala que garanta a aprovação de projetos que favoreçam a cidade, independentemente de partido político.

    Se decolar, o grupo de independentes terá como componentes os vereadores Carlão (PSB), Alceu Bueno (PSL), Dr. Jamal (PR), Paulo Pedra (PDT), Paulo Siufi (PMDB) e Edson Shimabukuro (PTB). Os votos do grupo, somados aos aliados, garantiriam ao prefeito Alcides Bernal (PP) a aprovação de projetos na Câmara.

    Hoje, Bernal conta com o apoio de nove vereadores e precisa justamente de seis para aprovar um projeto e vencer a oposição, que hoje conta com pelo menos 13 vereadores: Elizeu Dionízio (PSL), Grazielle Machado (PR), Aírton Saraiva (DEM), Carla Stephanini (PMDB), Vanderlei Cabeludo (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB), Mário César (PMDB), Flávio César (PTdoB), Eduardo Romero (PTdoB), Otávio Trad (PTdoB), Chiquinho Telles (PSD), Coringa (PSD) e Delei Pinheiro (PSD).

    No grupo de independentes o clima é de segredo e poucos se arriscaram a falar sobre o assunto. O vereador Jamal, talvez por descuido, foi o único que confirmou as conversas. Ele explicou que a intenção é criar um bloco de vereadores independentes para trabalhar pela cidade. “Não queremos ser da base de ninguém. Vamos ser exclusivamente de Campo Grande. Estamos avançando bem esta conversa”, contou.

    O grupo vai votar em conjunto e pode ser a solução do prefeito, que hoje tem seis aliados: Alex do PT, Ayrton do PT, Cazuza (PP), Waldecy Chocolate (PP), Luiza Ribeiro (PPS) e Gilmar da Cruz (PRB). Além dos vereadores que se declaram da base, o prefeito tem o apoio de João Rocha (PSDB), Rose Modesto (PSDB) e Zeca do PT, que se declaram independentes, mas votam com a base.

    “O grupo pode ser fechado para votar projetos. Vamos em busca de ampliar ele e podemos chegar a 20, que são os que não pertencem a base do prefeito. Independente de siglas, vamos nos sentir à vontade, defendendo em primeiro lugar a cidade de Campo Grande e não o prefeito, governador (André Puccinelli-PMDB) ou quem quer que seja”, concluiu. Já o vereador Carlão (PSB) não está tão certo de que o grupo sairá do papel. Ele confirmou a conversa, mas confidenciou que o grupo nunca fez uma reunião para acertar os ponteiros.

    Alcides Bernal chegou a citar 11 vereadores que não fazia questão de ter entendimento, mas depois recuou e falou que está aberto ao diálogo com todos. O gesto do prefeito tocou o presidente da Câmara, que por sua vez, ocupou a tribuna para pedir a paz entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo.

    Bernal pretendia incluir Shimabukuro, Pedra, Carlão e Alceu Bueno a sua base de sustentação, mas não conseguiu entrar em acordo. Os vereadores aceitam compor a base, mas para isso o prefeito teria que abrir espaço para os partidos, o que Bernal não aceita.

    O prefeito entende que o acordo tem que passar por projetos e não por cargos. A dificuldade para conseguir uma maioria fez Bernal segurar alguns projetos que seriam enviados para a Câmara. Entre os projetos estão a criação das secretarias da Mulher e da Juventude.

    Fonte: Midiamax
    Por: Wendell Reis
    Foto: Wendell Reis