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Foto: Luiz Alberto |
Em reunião fechada desde as 15h desta segunda-feira (8) no plenário da Câmara Municipal de Campo Grande, os vereadores da Comissão Permanente de Finanças e Orçamento questionaram os secretários de Receita e de Governo, Gustavo Freire, e de Planejamento Finanças e Controle, Wanderley Ben Hur, mas declararam insatisfação com as respostas no fim da reunião. Eles convocarão novamente Freire, enquanto Secretário de Governo e Ricardo Ballock, Secretário de Administração.
Por três horas e meia, os vereadores questionaram os secretários sobre suplementação e remanejamentos de verbas, inadimplência e revisão de contratos, gestão e aplicação de verbas federais e funcionamento das secretarias.
A vereadora Luiza Ribeiro (PPS), falou em 20 contratos, somando cerca de R$ 300 milhões. “Mas se não pagaram é porque existem dúvidas sobre os contratos, indício s de irregularidades e também não acho certo sair pagando sem saber o que”, defendeu a maneira de gerir dos secretários.
Presidente da Comissão, Grazielle Machado (PR) encerrou as atividades declarando que a Casa está atrás das ‘irresponsabilidades e ilegalidades’ cometidas pela gestão, já que o próprio Ministério Público Estadual e informações coletadas ‘in loco’ indicam isso.
“Apesar de muitas respostas incompletas, evasivas e inconclusivas terem sido repassadas, existem respostas que ajudarão à conclusão do nosso trabalho”, opinou.
Ao término da reunião, Gustavo Freire saiu correndo, sem falar com a imprensa e deixou os esclarecimentos com o Secretário Wanderley Ben Hur. Ele explicou que o grande equívoco da Câmara Municipal é confundir remanejamento de verbas com suplementações.
“É uma questão de ordem técnica e nós estamos tentando explicar. São 45 suplementações e não remanejamento de verbas, como eles estão dizendo. Mas parece que eles entendiam muito bem isso até o dia 31 de dezembro”, ironizou, insinuando que na gestão anterior a Câmara parecia não se mobilizar sobre o assunto.
De acordo com a Lei Orçamentária, 5% dos recursos podem ser utilizados para suplementação, mas o secretário garantiu que apesar da quantidade realizada, o teto ainda não foi atingido.
O secretário declarou que está tudo documentado e que eles enviarão os arquivos em até cinco dias úteis, conforme pedido da Casa. “Em relação aos não pagamentos de contratos, estamos fazendo levantamentos em todos eles sobre as questões judiciais envolvidas. Precisamos ter zelo com o dinheiro público”, explicou.
Bem Hur declarou ainda o pagamento de R$ 260 milhões a empresas somente neste primeiro trimestre. “Mas isso eles parecem não quer ver”, comentou.
Reunião durou cerca de três horas e meia sem a presença da imprensa |
Os vereadores devem decidir nesta terça-feira (9) quando os secretários serão convocados para prestar outros esclarecimentos e em 15 dias úteis um documento, a ser redigido pelo relator Flávio César (PT do B), será entregue pela Câmara com o parecer das reuniões.
Fonte: Midiamax
Por: Evelin Araujo
Foto: Luiz Alberto