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    17/04/2013

    Prefeito quer transferir duas secretarias para abrigar vereadores despejados no Paço Municipal

    Após 13 anos, vereadores podem voltar para antiga sede da Câmara


    Os vereadores da Câmara de Campo Grande podem retornar a antiga sede, no Paço Municipal. O prefeito Alcides Bernal (PP) disse ao Midiamax que está estudando o melhor caminho e voltou a citar duas opções: prédio da antiga rodoviária e Paço Municipal, na rua Arthur Jorge, onde a Câmara funcionou até 1999.

    A mudança para a antiga rodoviária gera um custo maior, visto que é preciso uma desapropriação (a prefeitura só é dona dos espaços onde os ônibus do transporte coletivo e rodoviário desembarcavam), reforma no prédio e revitalização da região. Neste caso, a volta para o Paço Municipal, já anunciada como opção pelo prefeito, seria a alternativa menos onerosa.

    Bernal explicou que os vereadores ocupariam o antigo plenário, na rua Arthur Jorge. Já os gabinetes seriam instalados nos prédios onde hoje funcionam a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e do Agronegócio (Sedesc) e a Secretaria Municipal de Administração (Semad).

    O prefeito não quis adiantar onde as secretarias seriam instaladas e disse apenas que as levaria para um local que atenda a necessidade de momento. Bernal explicou que pensa em uma saída que gere menos despesas do que já foi gerada com a permanência no prédio atual, que resultou em vários alugueis atrasados. Ele defendeu, inclusive, que seja averiguada a responsabilidade pela situação, que chegou à Justiça e decretou o despejo da Câmara.

    O Caso

    Os vereadores ficaram no Paço Municipal até 1999, quando mudaram-se para o prédio atual, que foi construído especificamente para receber a Câmara, em um aluguel de R$ 35 mil. O processo foi realizado por meio de um “contrato social de sociedade limitada resultante de cisão”. Tudo caminhava bem até que o Ministério Público Estadual achou o valor abusivo e acionou a Justiça, derrubando o aluguel para R$ 13 mil. Os proprietários do prédio, Haddad Engenheiros Associados Ltda., recorreram e ganharam a causa, fazendo o Ministério Público se retirar do caso.

    Em 2005 o contrato venceu e os vereadores pararam de pagar o aluguel, até que em 2007 decidiram aprovar a desapropriação, que não foi publicada pelo prefeito Nelsinho Trad (PMDB). O ex-prefeito esperou a decisão da Justiça, que em fevereiro deste ano deu seis meses para os vereadores saírem do local.

    A Haddad cobra os alugueis com juros e correção monetária. Eles calculam que com a correção o valor do aluguel hoje seja de R$ 100 mil, o que daria um total de mais ou menos R$ 11 milhões em alugueis atrasados.

    Os vereadores são contrários a mudança do prédio atual. Eles defendem que Bernal desaproprie o prédio atual e se comprometeram a pagar o valor de R$ 6,7 milhões, que seria o valor do imóvel segundo cobrança do IPTU, para custear a desapropriação.


    Fonte: Midiamax
    Por: Wendell Reis
    Foto: Cleber Gellio