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Azambuja cumprimenta Ari Basso, prefeito eleito de Sidrolândia |
O presidente regional do PSDB, deputado federal Reinaldo Azambuja, admitiu nesta terça-feira recompor aliança com o PMDB, com o qual rompeu nas eleições municipais do ano passado em Campo Grande, visando a disputa para o governo de Mato Grosso do Sul em 2014.
Recentemente, o governador André Puccinelli (PMDB) também deu sinais de que pretende voltar a negociar com os tucanos ao dizer, durante entrevista à imprensa, que não faz política com o fígado e que há, sim, interesse de sua parte na aliança com os ex-aliados.
“Se o governador disse que não faz política com o fígado a recíproca ele tem de todos nós do PSDB. Tudo o que a gente precisa é sentar e conversar e não é impossível o PSDB voltar a compor um arco de alianças com o PMDB. De repente, o PMDB resolve apoiar um nome do PSDB ou montar um projeto conjuntamente”, declarou Azambuja, em entrevista ao site folhacg.com.br.
Sobre isso, o presidente do PSDB lembrou que seu partido ajudou a eleger e reeleger André Puccinelli governador do Estado, contudo, teve de romper a aliança na Capital por considerar que houve um erro de estratégia por parte do peemedebista.
“Na questão da Capital, eles realmente cometeram um erro estratégico na montagem da própria cúpula do PMDB (...). O que o povo não aceita mais é a imposição. Você querer impor nomes, definir pelas pessoas. Isso o eleitor não aceita mais. A nossa campanha em Campo Grande teve sucesso porque foi uma campanha que ouviu as pessoas. Quando você ouve as pessoas, você erra menos e para isso é preciso conversar e elaborar um bom projeto”,observou, ao destacar as eleições em que ele ficou em terceiro lugar entre os candidatos a prefeito.
Durante o segundo turno das eleições do ano passado, o tucano pediu votos para Alcides Bernal (PP), que se elegeu prefeito de Campo Grande ao derrotar o deputado federal Edson Giroto (PMDB), apoiado pelo governador e pelo então prefeito Nelsinho Trad (PMDB).
Ao mesmo tempo em que revelou estar mantendo conversações com lideranças políticas do PT, como o senador Delcídio do Amaral e os deputados federais Antonio Carlos Biffi e Vander Loubet, visando eventuais aliança, Azambuja admitiu disputar o governo do Estado dentro de uma estratégia que reúna as principais forças políticas em torno de um projeto sólido.
“Eu sempre digo que você nunca é candidato de você mesmo. A candidatura é um conjunto, principalmente das instâncias e dos partidos. Eu fui candidato a prefeito pelo PSDB na Capital porque eu tinha segurança do apoio do meu partido. Tivemos alguns companheiros nossos que sucumbiram a promessas, ao canto das sereias, mas aqueles que se uniram, que disputaram as eleições e levaram nosso nome, nos motivaram a ser candidato a prefeito da Capital. Em 2014 nós faremos da mesma forma. Vamos ouvir os companheiros de partido. Existem hoje siglas que estão nos procurando para conversar. É importante o diálogo para tentarmos formatar alianças políticas”, sugeriu.
Azambuja considerou cedo fazer qualquer tipo de avaliação a respeito da administração do prefeito Alcides Bernal por entender que o progressista ainda está tentando de organizar.
"Não se pode avaliar um mandato com apenas dois meses. Avaliações devem ser feitas no conjunto da montagem de governo que a pessoa faz e neste momento é muito precoce para isso".
Fonte: conjuntuaronline
Poe: Willams Araújo
Foto: Divulgação