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    20/03/2013

    Polícia diz que morador de rua ateou fogo em veículos em Campo Grande

    Morador seria responsável por atentados, de quarta (13) a sábado (16).
    Homem confessou seis atentados e diz que cometeu atos por vingança.



    Caminhão em escritório de engenharia, queimado no sábado (16) (Foto: Tatiane Queiroz/ G1MS)


    A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul considera que um morador de rua, de 32 anos, foi responsável por incêndios em veículos em Campo Grande registrados entre quarta-feira (13) e sábado (16), quando ele foi preso em flagrante suspeito de ter incendiado seis carros. O delegado responsável pelo caso, Alberto Vieira Rossi, titular do Grupo Armado de Repressão a Roubos Assaltos e Sequestros (Garras), afirmou ao G1 nesta quarta-feira (20) que o homem também deve ser responsabilizado pelos outros casos registrados na cidade no período.

    “Em princípio ele é o autor de todos [incêndios e tentativas a veículos] e, se no decorrer do inquérito, em 30 dias, não houverem novas provas, vai ser concluído como ele o responsável. Há indícios suficientes que nos autorizem a dizer que ele é o autor”, disse, acrescentando que o modo de atuação e a distância entre os locais confirmam o homem como único responsável.

    Segundo Rossi, o homem negou ser usuário de drogas e ter sido responsável por todos os incêndios a veículos na capital, confessou autoria de seis atentados, entre a noite de sexta-feira (15) e o sábado à tarde.

    À polícia, o suspeito disse que a intenção era promover o pânico e o caos e que iniciou os ataques depois de ler em jornais notícias que davam conta dos mesmos atos criminosos realizados em outros estados. Ele ainda afirmou que seus atos tinham o protesto como motivação, já que passou “humilhação” por ser morador de rua e por “ninguém o ter ajudado”. 

    Segundo o delegado, o envolvimento de facções criminosas nos atentados está descartado. Rossi diz que suspeito não tem qualquer ligação com grupos. “Não há informação de ele ter feito [incêndios] com outra pessoa. Ele assumiu tudo isso sozinho”.


    Caminhão de fruta, incendiado no sábado (16) (Foto: Tatiane Queiroz/G1MS)

    Segundo Rossi, os locais dos ataques são próximos e os incêndios não foram simultâneos. Ele acredita que o suspeito tenha percorrido os pontos a pé. “Ele se preparava para atear fogo, ia atrás do material cortante, do combustível. Ele levou nossa equipe até um posto da prefeitura, onde mostrou como fez para furtar álcool, tesoura de jardinagem e luvas [usadas nos crimes]”.

    O inquérito em que o suspeito foi preso em flagrante por incêndio em seis veículos no sábado deve ser concluído em dez dias, mas outro inquérito, que vai investigar a autoria dos outros casos, deve ser finalizado em 30 dias, disse Rossi. Neste caso, segundo ele, a polícia aguarda imagens que foram solicitadas de circuitos de segurança de comércios e prédios da região central. Os incêndios não registrados pela polícia, bem como informações que foram relatadas de atentados semelhantes, mas não há testemunhas, estão em investigação.

    Em relação a casos semelhantes registrados em Sidrolândia e Terenos, a polícia acredita que o suspeito não tem envolvimento. O morador de rua, que apresenta problemas mentais, de acordo com Rossi, vai continuar preso na sede do Garras no decorrer das investigações e, posteriormente, deve ser encaminhado para um presídio da cidade. O suspeito vai responder por incêndio criminoso, dano e furto, pena que pode variar de oito a 20 anos.


    Do G1 MS