Policiais Militares do 1° Batalhão realizaram uma operação na tarde desta terça-feira (12) a fim de espantar os “maus frequentadores” , conforme denunciam os comerciantes da região. Com a presença de usuários de drogas e prostitutas, o ambiente se torna menos familiar e menos procurado para o comércio.
O subcomandante do policiamento da área central, tenente Andrew, explica que rondas ostensivas são feitas na rua 15 de Novembro e Praça do Índio e que essas ações levaram os "noinhas" – como são popularmente conhecidos os usuários de drogas – para a rodoviária velha. Eles permanecem no local mesmo com a luz do dia e comerciantes pediram por mais fiscalização, a fim de afastar os "maus frequentadores".
“Estamos identificando os usuários de droga e tentando chegar aos traficantes. É difícil caracterizar o tráfico, já que muitos acabam jogando a droga fora e permanecem com pequenas porções para dizer que são usuários”, comenta.
Durante as abordagens, um comerciante que não será identificado relatou uma situação inusitada aos policiais. Ele disse que alguns traficantes colam pedras de crack e pequenas porções de cocaína e maconha embaixo dos bancos e cadeiras do lugar com chiclete para despistar a polícia.
Na ação, três usuários foram encaminhados para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do centro.
Prostitutas
Em relação à prostituição, o policial esclarece que somente o agenciamento é crime. “Não foi identificado nenhum aliciador, apenas mulheres que admitiram praticar a prostituição. Nossa postura, nesses casos, é orientá-las informando que há a SAS (Secretaria de Assistência Social) caso precisem de apoio para cursos e queiram largar esta profissão”.
Mas a atividade também atrai fornecedores de drogas para o prédio. Ontem (11), por volta de 17h40, policiais militares encontraram drogas com duas mulheres, que foram encaminhadas para a delegacia.
O barbeiro Paulo Roberto diz que a presença da polícia contribui para melhorar a imagem da rodoviária. “Os usuários ficam jogados no chão e alguns incomodam pedindo dinheiro. É bom que a polícia esteja presente para afastá-los daqui”, acredita.
Proprietário de uma loja há 30 anos, Carlos Pereira acredita que a ação tende a melhorar o movimento. “Muita gente não acredita, mas quando os ônibus passavam por aqui era pior o negócio. Muita briga, barulho e gente usando drogas e brigando na frente da loja. Agora é o momento de melhorar a imagem com essas ações”, ponderou.
Fonte: Midiamax
Por: Evelin Araujo
Fotos: Luiz Alberto
