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Pedro Bial: além de apresentar o “Big Brother Brasil 13”, ele mostra outro lado com estreia de filme Foto: Urbano Erbiste/Extra |
Pedro Bial é o cara que participou da cobertura da queda do Muro de Berlim, mas também o que foi apresentador do "Fantástico" e o que há 13 anos comanda o "Big Brother Brasil". Não bastasse, é o que está prestes a estrear o documentário "Jorge Mautner — O filho do holocausto". Sua permuta por diferentes áreas, contudo, se encaixa numa filosofia simples, porém eficiente: "Eu não tramei nada disso, foi a vida. Fui seguindo os trilhos e abrindo as portas". Gentilmente, por pouco mais de 20 minutos, ele deixou uma pequena fresta, de onde é possível espiar o cara por trás de todos eles. Confira:
De repórter ao ‘BBB’
"Quando apareceu um formato novo na TV Globo, o ‘Big Brother’, tinham que pensar em alguém para apresentar. Pensaram em vários nomes, e sobrou para mim. E deu certo. Eu não tramei nada disso. Fui seguindo a vida, seguindo os trilhos. E é assim que a banda toca. Não acho mais nobre dirigir um filme do que apresentar o ‘BBB’ ou o ‘Fantástico’ ou uma reportagem. É um trabalho e a idéia do trabalho é nobre".
Idade
"Eu me lembro que quando a gente começou o ‘BBB’, eu pensava: ‘Eu vou fazer 50 anos apresentando esse programa’. Vou fazer 55 anos em março... Essa profecia já se cumpriu. Quando revejo o ‘BBB’ me dá essa sensação: ‘Mas é um senhor nesse programa de jovens’. Mas dentro de mim eu não me sinto um senhor, sou um menino de 15, 16 anos. Só me sinto assim quando eu me olho no espelho e vejo meus cabelos brancos".
Caso Dhomini
"Eu acho que a tal declaração do Dhomini (sobre ter quebrado os dentes de seu cachorro com um machado), que não foi ao ar na TV aberta, só no pay per view, custou a ele o ‘Big Brother’. Ele é um fabulador, não dá para saber se ali tem um pingo de verdade. O que interessa não é o que aconteceu, mas a interpretação, como as pessoas reagiram àquilo".
‘BBB 14’
"Olha, eu nem sei se vai ter o ‘Big Brother Brasil 14’. A cada ano, a gente nunca sabe se vai ter a próxima edição. Se se apresentar a oportunidade para mim, é possível que eu faça. Agora, se a decisão for de ter, por qualquer motivo, um outro apresentador... Eu faço aquele ano sem saber do seguinte".
Aline ‘brindada’
"Acho que ela foi eliminada por pessoas parecidas com ela. Na favela dela, por exemplo, o seu comportamento não foi bem visto. Já as pessoas diferentes queriam que ela permanecesse. Mas é o que eu falei: ‘Para vender, você tem que seduzir’. O ‘compra que eu quero que você me compre’ é uma péssima estratégia".
Envolvimento com BBBs
"As minhas simpatias pelos participantes oscilam, como a de qualquer espectador. Tem uma semana que eu estou mais apaixonado por um, e encrencado com outro. Na outra semana, é diferente".
Afeto
"A presença de veteranos trouxe um tipo de afeto, sim, que estou experimentando pela primeira vez. No ‘BBB 10’ era diferente, porque só um ficou. Mas tenho um envolvimento com todos eles. Anamara é sempre minha musa. Estou encantado com o Eliéser, ele está muito divertido. Desses novos, a Andressa é um figura tão interessante, tão bacana... Mas estamos muito no começo".
Acostumado a espiar, Pedro Bial se deixa observar Foto: / Urbano Erbiste/Extra
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Pitaco
"Não participei das escolhas dos ex-participantes. Mas quando o Bambam saiu, eu participei um pouquinho de quem iria entrar no lugar, mas foi uma decisão colegiada".
Discurso de eliminação
"Para eles, tem que ser uma carta enigmática, mas com sinais claros para o público. Algo que provoque, mas não facilite. Quer dizer, é um momento de conforto, mas não facilito... Definido o paredão no domingo, fico até terça-feira estudando. Certas reflexões me levam a textos e autores. Vou deixando tudo em ebulição, para na véspera fazer. No dia, faço uma interpretação do meu próprio texto. Eu sei até quando vou me emocionar. Eu gosto muito quando o texto sai redondinho".
Politicamente correto
"Eu acho o politicamente correto um saco. O ‘Big Brother’ é completamente incorreto. Ainda bem. Mas até por isso causa tanta repercussão aqui fora, onde todos se sentem no direito de julgar implacavelmente os participantes".
‘Na moral’
“O ‘Na Moral’ foi uma grande alegria. Eu estava há muito tempo tentando esse formato e emplacou, foi bem recebido pelo público, pela crítica. Vamos ter uma segunda temporada este ano, que deve ser no segundo semestre, mas ainda não tenho data”.
Veteranos cansados
"Acho que o que aconteceu foi que os veteranos voltaram muito animados e, depois de alguns dias, viram como a vida lá é difícil, como há longos momentos de tédio, de desconforto. O Bambam deve ter sentido isso, o próprio Dhomini. Essa reação não passou pela minha cabeça".
Redes socias
"Quando a Aline saiu, ela ficou quatro horas no trending topics do Twitter. Quer dizer, é uma evidência de que as redes sociais são uma minoria barulhenta, mas quem decide mesmo é a maioria silenciosa".
Contribuição do ‘BBB’
"O BBB foi pioneiro na desdemonização do voyeurismo. As pessoas gostam de olhar as outras, isso não necessariamente é uma perversão. A única perversão é fazer sexo sem ter vontade. O resto vale tudo".
Bial voyeur
"Fico dia e noite observando. Às vezes eu interrompo para ver um episódio de ‘Mad men’. É uma suspensão da vida normal por três meses. É isso o que tenho que fazer e eu faço direito. A única coisa que sobra para a gente é fazer o que a gente tem que fazer".
Queridinhos da edição
"Ainda não tenho queridinhos. Eu sempre gosto mais das mulheres, mas estou enternecido pelo Eliéser".
Quando o ‘BBB’ termina...
"Não procuro ninguém, mas tenho interesse para saber se estão bem. Mas eles são muito ocupados com as vidas deles. Eu fico para trás".
Fonte: Extra
Por: Filipe Isensee