CAMPO GRANDE (MS),

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    22/11/2011

    PDT declara apoio a Lupi por decisão da 'maioria' da cúpula do partido


    Após reunião, líder na Câmara disse que sigla quer ministro no cargo.
    Ele é alvo de denúncia por usar avião particular. Partido não divulgou nota.


    Cúpula do PDT reunida na noite desta terça com o ministro Lupi na sede do partido 


    Por decisão da "maioria" dos integrantes da comissão executiva do partido, o PDT declarou, na noite desta terça-feira (22), apoio ao ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
    Lupi é alvo de denúncias pelo uso supostamente irregular de um avião particular cujo aluguel teria sido pago por um dirigente de ONG que mantém contrato com o ministério.

    "A maioria absoluta do partido reitera apoio ao ministro Lupi. Não tem cogitação de substituição do ministro. Tirá-lo seria uma confissão de uma dívida que não devemos", afirmou o líder do partido na Câmara, deputado Giovanni Queiroz (PA).

    Apesar da declaração de apoio, o PDT decidiu não formalizar a posição em uma nota oficial.

    "Não cabe ao PDT dizer se Lupi fica ou não no governo. O PDT manifesta total confiança no ministro. Não é preciso uma nota. Posso colocar tudo isso em nota que, tenho certeza, todos iriam ratificar", afirmou o presidente interino do partido, deputado André Figueiredo (CE).


    Durante a reunião, houve desconforto entre parlamentares que apóiam Lupi e os que defenderam publicamente a saída do ministro.

    O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) criticou o fato de integrantes do partido contrários a Lupi terem manifestado suas posições na imprensa

    "Eu respondi ao deputado Paulinho que respeito a posição dele, mas que ele tem que respeitar a nossa. Eu mantenho a minha posição de que o partido precisa ter independência, que não deve ter cargos no governo", afirmou o deputado José Antonio Reguffe (PDT-DF).

    O senador Pedro Taques (PDT-MT) acompanhou Reguffe. Ambos defendem a saída de Lupi do Ministério do Trabalho.

    O deputado Brizola Neto (PDT-RJ) criticou a posição de Reguffe e Taques. "Houve uma divergência, que é saudável desde que seja feita internamente. Questões públicas é que devem ser tratadas na imprensa", afirmou.

    Brizola Neto disse ainda que foi discutida na reunião a "necessidade de ampliar os interlocutores do PDT junto ao governo".

    "Vamos fazer uma reflexão interna sobre como democratizar as decisões dentro do partido. O PDT precisa ampliar o quadro de interlocutores com o governo federal. Não podemos concentrar essa intermediação", afirmou.


    Fonte: g1
    Por: Nathalia Passarinho/Do G1, em Brasília
    Foto: Agência Brasil