Campo Grande (MS) - "Nove córregos nascem no perímetro urbano de Campo Grande e os fundos de vale eram favelas. Começamos a pensar num programa de desfavelamento já em 1998. Iniciamos no Anhanduí com a retirada de 1044 famílias da favela. Em 2004, assinamos o contrato Habitar Brasil Bid III para a construção de 850 moradias para as famílias do Imbirussu-Serradinho. Esta história começou longe", lembrou o governador André Puccinelli sobre as etapas para chegar a conclusão do projeto do Complexo Imbirussu-Serradinho.
André Puccinelli prestigiou hoje de manhã (15) a inauguração do Parque Linear do Imbirussu-Serradinho e ao lado do prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho, destacou a importância da parceria para que o projeto fosse concluído. "Não tínhamos recursos suficientes para fazer todo o complexo, então a equipe da prefeitura com investimentos do PAC e do Fonplata [Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata] ampliou o projeto. Hoje podemos dizer que Campo Grande é a única capital brasileira a não ter favelas", ressaltou. O contrato para a construção das 850 casas para o reassentamento das famílias foi assinado no dia 30 de dezembro de 2004, quando Puccinelli ainda era prefeito de Campo Grande.
Na entrega da obra, ao lado dos moradores, Puccinelli e o prefeito andaram de bicicleta na Avenida Jose Barbosa Rodrigues, via principal do Parque Linear do Imbirussu. A inauguração do Parque marca a conclusão de grandes e profundas intervenções sociais, urbanísticas e ambientais em uma das áreas mais populosas de Campo Grande. Os investimentos foram de mais de R$ 120 milhões. Foram quase sete anos de trabalhos, desde a construção de casas para retirada de famílias de áreas insalubres, instalação de equipamentos públicos como escolas e unidades de saúde, obras de infraestrutura como asfalto e saneamento básico e recuperação de áreas degradadas.
"Com a enchente do ano de 2006 a gente não podia ficar mais de braços cruzados. Por meio do programa de desfavelização idealizado na gestão do Andréviabilizamos mais recursos para concluir esta obra. Não faltou empenho e vontade política", destacou o prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho. Na oportunidade, Nelsinho lembrou do empenho, na época como secretário municipal de Habitação, de Carlos Marun para viabilizar junto ao Ministério das Cidades o contrato para a construção das 850 casas.
As obras executadas envolveram a reestruturação do sistema viário, com a implantação de vias urbanas pavimentadas; nove pontes; calçadas; 7,8 km de ciclovia; implementação de redes de distribuição de água; rede coletora de esgotos sanitários; drenagem; energia elétrica e iluminação pública.
O Complexo proporcionou integração urbanística e mobilidade urbana para as áreas adjacentes, interligando as avenidas Duque de Caxias e Euler de Azevedo, com a execução de pistas pavimentadas nas duas margens do Córrego Imbirussu. Também foram construídos equipamentos sociais de educação, saúde e assistência social para atender a população e ainda um Horto Municipal com área de 22 hectares.
As intervenções deram mais segurança para os moradores do Jardim Aeroporto e região que por muitos anos eram prejudicados com as enchentes. "Mudou totalmente a qualidade de vida dos moradores do Aeroporto e região", afirmou o presidente da Associação dos Moradores, Eliseu Pacheco. A obra também significa o fim de enchente. "A gente lembra da época que os Bombeiros vinham com barcos para socorrer a gente. isso tudo acabou", desabafou a moradora Ivanilda Francisco da Silva. O Complexo também valoriza as casas e região. "Era um poeirão só e barro na época da chuva. Agora está tudo asfaltado", destacou a moradora Roseli Paredes.
A inauguração da obra contou com a presença de vereadores, deputados estaduais e federais e senador.
Fonte: noticias.ms
Por: Bianca de Freitas Caruso
Foto: Rachid Waqued
