Júlio Croda participou do programa MS1 desta quarta-feira (12) e apontou ocupação dos leitos de UTI, em 85%, como maior causa de preocupação atual. "Acima dos 80% os especialistas recomendam medidas mais restritivas", alerta.
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Júlio Croda, pesquisador, infectologista e professor universitário em MS ©Reprodução/TV Morena |
Croda disse que o decreto é uma tentativa da prefeitura de diminuir leitos de UTI por outras causas, como acidentes automobilísticos e brigas. "Temos ocupação hoje de 85% de UTIs em Campo Grande, sendo 45% de Covid-19 e 40% de outros casos. A tentativa é válida pois diminuindo a porcentagem de ocupação por outras causas, pode ser que sobrem leitos para pacientes de Covid", afirmou.
De acordo com o infectologista, o número da média móvel de casos e óbitos no estado continua em ascensão, sem nenhum sinal de estabilização, e continua sendo motivo de muita preocupação de especialistas. "Com os números se mantendo, precisaremos de mais leitos de UTI e a nova medida da prefeitura pode ajudar nesse sentido. Estamos num limite muito crítico, acima dos 80%, que os especialistas recomendam para medidas mais restritivas", reforçou Croda.
O especialista ainda afirmou que o padrão do aumento de casos em Campo Grande continua sendo crítico. "Precisamos observar se nas próximas semanas terá uma estabilização ou continuar essa tendência de casos, muito próxima do limite de leitos, e que exigiria novas medidas", finalizou.
De acordo com o último boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Campo Grande havia registrado 13.940 casos e 204 óbitos por Covid-19 até esta quarta. No estado de Mato Grosso do Sul, são 33.509 casos do novo coronavírus e 558 mortes pela doença.
Por G1MS

