Partido pretende lançar pelo menos 25 nomes para prefeito nas cidades do Estado e já planeja estratégia para enfrentar 'pulverização' de candidatos
Presidente do PSD-MS, senador Nelsinho Trad ©Henrique Arakaki |
A quantidade expressiva visa atender uma orientação do presidente nacional do partido, o ex-ministro Gilberto Kassab. Para embasar e orientar os líderes partidários sobre as candidaturas, foi elaborado um estudo amplo sobre a situação dos municípios.
Contando com 1,3 mil páginas, o documento analisa 45 das 79 cidades de Mato Grosso do Sul. De acordo com o presidente regional da legenda, o senador Nelsinho Trad, ali constam a avaliação do prefeito e dos vereadores de cada um desses municípios, além de apontar os principais problemas locais e uma breve pesquisa de intenção de votos.
“O PSD é dividido em três grupos, justamente para dividir as responsabilidades e cada um cuidar do seu número de municípios. O relatório também aponta as principais lideranças fortes desses municípios e quais os potenciais candidatos. A finalidade disso é baseado em pesquisa ter elementos para justificar uma candidatura”, frisa Nelsinho.
Os grupos aos quais o senador se refere tem como ‘cabeças’ o deputado federal Fábio Trad, o próprio Nelsinho e o deputado estadual Londres Machado. Atualmente, a legenda conta com 27 vereadores, sendo dois em Campo Grande, e no Executivo conta com o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, e com o vice-prefeito de Ponta Porã, Caio Augusto.
Relatório que traça ‘caminhos’ para o PSD percorrer em 45 cidades ©Henrique Arakaki |
Mudança na lei eleitoral também vai mudar estratégias dos partidos
Na avaliação de Nelsinho, a recente mudança que veda coligações de chapas proporcionais – que são as que tem candidatos ao Legislativo – também fará com que a estratégias dos partidos mude a partir de agora. A primeira eleição assim será a de 2020, o que deve também aumentar de maneira ‘pulverizada’ a quantidade de candidatos ao Executivo.
“A lei eleitoral mudou tudo e se você não promover candidaturas próprias, a tendência é você sumir. A nova regra eleitoral será um filtro de sobrevivência para os partidos. A partir do momento que você não fizer nenhum vereador, dificilmente vai eleger deputados e em função disso também não vai conseguir prosperar na vida política”, avalia.
O senador avalia a situação como positiva, pois provavelmente ela vai atender a um anseio da sociedade, que é a redução do número de partidos políticos e, consequentemente, do polêmico fundo eleitoral partidário, que usa recursos públicos. Ele
“Você vai ter que priorizar o seu candidato a prefeito e naturalmente deixar de priorizar outras conjecturas com aliados”, frisa Nelsinho, indicando ainda que a Executiva estadual vai focar no Interior, deixando a Capital caminhar por conta própria.
Fonte: Midiamax
Por: Nyelder Rodrigues