CAMPO GRANDE (MS),

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    28/08/2018

    Índios e produtores são vítimas do governo federal, diz Mara Caseiro

    ©Divulgação
    A deputada estadual Mara Caseiro (PSDB) afirmou nesta terça-feira (28) que tanto indígenas quanto produtores rurais são vítimas do governo federal, que não toma providências para dar fim à guerra no campo. O assunto foi abordado no plenário da Assembleia Legislativa por conta de operação do Batalhão de Choque da Polícia Militar na Fazenda Santa Maria, em Caarapó.

    A equipe estava no local desde domingo, quando pelo menos cem índios Guarani-Kaiowá invadiram a propriedade. Os policiais deixaram o local nesta manhã.

    Áreas ao redor da fazenda foram queimadas e a sede foi saqueada. Porcos, gêneros alimentícios, móveis e até uma geladeira teriam sido roubados. O Batalhão de Choque foi acionado após funcionários serem feitos reféns e a sede da fazenda ser saqueada.

    “Vimos uma grande truculência nessa invasão. Os produtores foram agredidos em seu direito. Vi mãe de família chorando devido ao que aconteceu dentro de sua casa. Temos duas vitimas em potencial, o índio e o produtor rural. É absurdo o que acontece no nosso País, primeiro pela enganação que muitas vezes fazem com o nosso indígena, e depois pelo desrespeito ao nosso trabalhador rural, que trabalha, se dedica, que leva o alimento à nossa mesa”, afirmou Mara Caseiro.

    Os indígenas permanecem ocupando a fazenda, que é propriedade de um médico residente em São Paulo. No momento, é esperada a chegada da Força Nacional de Segurança Pública para negociar a saída dos indígenas de forma pacífica.

    A deputada defendeu o resgate da ordem, uma vez que já há decisão judicial para que os índios deixem o local, que fica nos fundos da aldeia Tey Kuê.

    “Houve uma decisão judicial, e ela tem de ser cumprida. Esse país tem que resgatar a ordem. Estamos em um país com ordenamento jurídico. Seja indígena ou produtor rural, a ordem precisa ser cumprida”, enfatizou.

    Para Mara Caseiro, é preciso com urgência que seja iniciada uma reforma agrária indígena no País, para que eles tenham direitos e deveres como todo cidadão brasileiro.

    “Hoje o indígena briga por uma causa que nem é dele, porque ele nem é dono das terras. Terra indígena tem que ser do índio, ele precisa ter o titulo da sua terra, como todo e qualquer cidadão brasileiro”, finalizou.

    ASSECOM


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