O suspeito disse que matou porque a jovem contaria tudo para sua namorada; polícia não descarta estupro
O corpo encontrado em uma mata no dia 31 de maio na rua Doutor Nasri Siufi, no bairro Jardim Tijuca, em Campo Grande, é de uma adolescente de 15 anos que foi vista pela última vez em uma roda de amigos. As informações sobre o caso foram repassadas pela delegada titular da Deam, Ariene Nazareth Murad, acompanhada da delegada-adjunta, Fernanda Félix, na manhã desta quarta-feira (7).
De acordo com a delegada-adjunta Fernanda Félix, a jovem foi asfixiada e levou duas pedradas na cabeça. Imagens de uma câmera de segurança flagraram o momento em que a adolescente deixa a festa com os amigos, na garupa da bicicleta de Felipe Castro de Souza, 23 anos. Segundo a delegada, o suspeito confessou que matou a menina após ter relação sexual com a jovem dentro da mata.
Ele disse que o sexo foi consentido e nega ter estuprado a jovem. “Ele disse que os dois estavam ingerindo bebida alcóolica na festa e essa seria a primeira vez que eles ficaram. Ele contou friamente que, após a relação, a menina falou que queria namorar com ele e que ia contar que eles tinham ficado para a namorada dele. Ele ficou enfurecido e disse que deu duas pedradas na cabeça dela. Ele disse que, no meio da discussão, a jovem alegou que tinha aids, mas não acreditamos nessa versão”, explica a delegada.
Após matar a jovem, Felipe fugiu para a fazenda onde trabalhava, que fica na região de Terenos. Com a chegada da polícia no local, o suspeito alegou que já esperava pela presença da polícia. “Ele é extremamente frio, falou que matou porque ela ia contar para a namorada dele e cometeu o crime. Ele não esboçou nenhum tipo de reação, confessou o crime e contou os fatos demonstrando tranquilidade”.
No local do crime, os policiais apreenderam o boné de Felipe, que possuía marcas de sangue. De imediato, a polícia teve dificuldades para reconhecer o corpo da jovem, que ainda não tinha documento de identidade. “Ele vai responder por homicídio qualificado com quatro qualificadoras”, diz Fernanda Félix.
Testemunhas teriam relatado que a menor estava grávida, mas segundo a delegada, a informação não foi confirmada pela perícia. “A perícia confirmou útero não gravídico, mas se ela estava de poucas semanas, precisaria de um outro exame para confirmar. Para reconhecer o corpo, fizemos DNA dos pais da vítima”.
Sobre a família não ter registrado o desaparecimento da jovem, a delegada afirma que a menina tinha o costume de ficar dias fora de casa e, devido a isso, os parentes não ficaram preocupados.
Dados de violência contra mulher
Conforme a delegada, Ariene Nazareth, de 1° de janeiro de 2018, até hoje (7), 3.294 boletins de ocorrência foram registrados na Deam. Entre eles, três casos de feminicídio foram consumados e os suspeitos foram presos. Cerca de 53 casos de estupro foram registrados em 2018.
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©Divulgação/Deam |
Fonte: TopMídiaNews
Por: Dany Nascimento

