CAMPO GRANDE (MS),

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    24/01/2018

    Preso, presidente da CUT-MS é transferido para presídio no RS

    Genilson Duarte estava com um mandado de prisão em aberto por desobediência desde 2015 e foi preso nesta manhã pela PRF.

    Genilson Duarte, presidente da CUT-MS. (Foto: Divulgação CUT-MS/Arquivo).
    O presidente da CUT-MS (Central Única dos Trabalhadores) foi transferido para o Presídio Estadual de Canoas, no Rio Grande do Sul, na tarde desta quarta-feira (24). Genilson Duarte estava com um mandado de prisão em aberto por desobediência desde 2015 e foi preso nesta manhã após ser abordado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal).

    Conforme apurado pelo site Campo Grande News, por ter sido preso em razão a uma mandado de prisão, Genilson Duarte ficou pouco tempo nas celas da delegacia de pronto atendimento de Montenegro e por isso foi transferido ao Presídio Estadual de Canoas - cidade localizada a 16 quilômetros de Porto Alegre, destino final do presidente da CUT.

    O presidente iria a cidade para acompanhar o julgamento do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado a 12 anos por ter recebido propina da empreiteira OAS, por meio de um triplex no Guarujá (SP). Duarte estava em um ônibus alugado pela CUT de MS e viajava com outras 45 pessoas.

    Conforme Mario Fonseca, integrante da Frente Brasil Popular, a defesa de Duarte já entrou com o pedido para a revogação de prisão, que segundo ele, é considerada pela movimento como arbitrária e sem justificativa.

    Duarte teve a prisão decretada por ter faltado uma audiência de um processo relacionado à questões sindicais. “Bastava o Ministério Público Estadual querer diligenciar na sede da entidade [Cut - MS], mas publicaram em edital e ele não teve conhecimento. É estranho que essa prisão aconteça exatamente neste momento”, afirmou Fonseca, lembrando o motivo da viagem.

    "Somos solidários Genilson e repudiamos esse tipo de atitude que ao nosso ver é arbitrária, contra alguém que representa a luta dos movimentos sociais, uma pessoa honesta, que vive para lutar por melhoria de condições de vida dos trabalhadores", defendeu Fonseca.

    O ônibus em que o presidente estava era clandestino e estava com as licenças da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestre) vencidas.

    Julgamento 

    Em um julgamento que durou mais de 12 horas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve mantida, por unanimidade, condenação pela acusação de ter recebido propina da empreiteira OAS, por meio de um triplex no Guarujá (SP). A decisão partiu da Oitava Turma Cível do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), agravando as penas previstas na sentença do juiz federal Sérgio Moro, que no ano passado havia condenado Lula a nove anos e meio de prisão pela acusação. Agora, a condenação é de 12 anos.

    Emblemático, o julgamento arrastou multidões a Porto Alegre (RS), sede do tribunal, e mobilizou partidários e opositores do ex-presidente em todo o país. Mais do que simplesmente manter a sentença de Moro, a decisão do TRF-4 pode afastar Lula das eleições deste ano – o ex-presidente lidera todas as sondagens de intenções de voto nas quais teve o nome inserido até agora.

    Fonte: campograndenews
    Por: Geisy Garnes


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