CAMPO GRANDE (MS),

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    27/11/2017

    Acadêmico que atropelou jovem responderá por homicídio

    Rodrigo havia sido autuado por lesão corporal grave culposa, mas vítima morreu no hospital

    Rodrigo Souza Augusto, 26 anos, no dia do acidente © Álvaro Rezende
    Com a morte do jovem Lucas Henrique de Souza Mateus, 21 anos, na manhã de hoje, o acadêmico de Medicina, Rodrigo Souza Augusto, 26 anos, passa a responder por homicídio culposo - quando não havia intenção de matar, mas até o fim das investigações, pode ser indiciado por crime doloso. 

    Lucas foi atropelado por Rodrigo na madrugada de sábado (25), no cruzamento das ruas Euclides da Cunha e Ceará. O motorista estava bêbado.

    Conforme o delegado Mário Donizete Feraz de Queiroz, titular da 1ª Delegacia de Polícia da Capital, no dia do acidente, Rodrigo foi autuado por lesão corporal grave culposa, por isso, agora responde por homicídio doloso.

    No entanto, o delegado afirma que, se comprovado que o motorista assumiu o risco de matar a vítima, a tipificação muda novamente, e ele responderá por homicídio doloso - quando há intenção de matar.

    "Ainda vamos ouvir testemunhas, esperar os laudos, conduzir a investigação. Mas, por enquanto, o que muda é esta tipificação para homicídio", explicou o delegado.

    Queiroz avalia ainda se irá pedir revogação da liberdade preventiva do motorista, já que a consequência do caso mudou. "Tudo depende do que vão apurar nos próximos dias", disse.

    ACIDENTE

    Na madrugada de sábado (25), o suspeito voltava de uma festa de comemoração pelo fim do curso de Medicina, quando atropelou Lucas no cruzamento das ruas Euclides da Cunhab e Ceará.

    Ele fez o teste do bafômetro e em depoimento relatou que estava trafegando em torno de 60 km/h, sendo a velocidade máxima permitida na via de 50 km/h. O teste o bafômetro resultou em 0,85 miligramas de álcool por litro de sangue, sendo que o limite máximo para não ser preso é de 0,3 mg/l.

    Rodrigo ficou preso na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) centro de sábado até domingo e pegou R$ 50,5 mil de fiança para sair da cadeia. Além da fiança, o estudante está proibido de se ausentar da cidade sem prévia autorização judicial e deve entregar seu passaporte em cartório. 

    Ele ainda deverá cumprir recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga e terá que usar tornozeleira eletrônica.

    Fonte: CE
    Por: LUANA RODRIGUES


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