CAMPO GRANDE (MS),

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    01/08/2017

    Temer recebeu propina de R$ 1 milhão em dinheiro vivo, diz revista

    Recursos foram repassados pela JBS e são resultado de aportes financeiros do BNDES à empresa dos irmãos Batista

    © Beto Barata/PR
    O lobista Ricardo Saud autorizou a entrega de R$ 1 milhão, em dinheiro vivo, a Michel Temer, em 2014, quando ele ainda ocupava a vice-presidência da República. A entrega do dinheiro foi feita por Demilton de Castro e Florisvaldo de Oliveira, funcionários do operador financeiro dos irmãos Joesley e Wesley Batista, ao coronel João Baptista Lima Filho, um dos homens de confiança do peemedebista.

    Segundo informações da revista Época, os recursos são parte dos R$ 15 milhões destinados a Temer para a campanha eleitoral daquele ano. Ele ficou com uma quantia e repassou o restante a correligionários.

    A verba seria proveniente dos aportes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na JBS, proporcionados pelo governo petista, após um acerto firmado anos antes, entre Joesley e o então ministro da Fazenda Guido Mantega.

    O dinheiro, ainda segundo a Época, foi estocado em duas contas nos Estados Unidos, cujo saldo superou os US$ 150 milhões. Em 2014, ano eleitoral, foi distribuídos a políticos de todo o país.

    A propina de R$ 1 milhão foi entregue em notas de R$ 50, conforme depoimento de Florisvaldo de Oliveira, dentro de uma caixa de papelão. O coronel João Baptista Lima Filho ordenou que o montante fosse colocado no porta-malas de um Corolla, no estacionamento de um prédio na Vila Madalena, em setembro de 2014.

    O secretário de Comunicação da Presidência da República, Márcio de Freitas, divulgou nota rebatendo as informações.

    "A quadrilha comandada pelo bandido Joesley Batista fabrica em profusão versões e planilhas. O presidente nunca teve 'crédito' junto às empresas do meliante da Friboi. Nem autorizou transferências a outros parlamentares. A conversa com o capanga é absolutamente ficção barata. O vazamento dessa nova versão tem o claro interesse de tentar influenciar na votação da Câmara dos Deputados."

    Fonte: NAOM


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