CAMPO GRANDE (MS),

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    04/07/2017

    Pedido da JBS divide CPI, que cogita negociar prazo para entrega de dados

    Grupo deveria ter mandado documentação ontem, mas pediu ampliação de prazo em 45 dias

    Assembleia Legislativa de MS © Victor Chileno/ALMS
    O pedido de ampliação do prazo para entrega de documentos por parte da JBS dividiu a opinião dos membros da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Assembleia Legislativa, que analisa incentivos fiscais concedidos a empresas pelo governo de Mato Grosso do Sul.

    Nesta terça-feira (4), o presidente do grupo, deputado Paulo Corrêa (PR), disse que é contra qualquer ampliação – a empresa pediu 45 dias, quando o prazo terminou na segunda-feira (3). Ele entende que quando citou os termos firmados com o Estado na delação premiada, a JBS estava com toda a documentação disponível.

    “Se tinham para delação, então é só mandar este material”, disse ressaltando discordar da justificativa apresentada pela empresa.

    Quem compartilha da mesma opinião é o deputado Paulo Siufi (PMDB), afirmando que “é um absurdo” uma empresa como a JBS não ter as informações disponíveis. “Isto mostra que a empresa não está dando o devido o valor para a CPI”.

    Achando que é melhor não colocar obstáculo à investigação, os deputados Flávio Kayatt (PSDB), Eduardo Rocha (PMDB) e Pedro Kemp (PT) acreditam que o melhor é conceder mais prazo, mas não os 45 dias pedidos pela empresa.

    “Não podemos entrar no jogo deles, tem que ter bom senso neste momento”, disse Kayatt defendendo 30 dias a mais. Kemp acha que 20 dias são suficientes para a empresa reunir a documentação. “Não atrapalharia (esperar), já que os auditores analisariam primeiro os documentos da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda)”. Para Rocha, “pelo menos” a JBS manifestou interesse em colaborar ao responder à CPI.

    Na próxima reunião do colegiado, os cinco integrantes vão votar sobre a dilação do tempo para a empresa enviar as informações pedidas. A intenção da CPI é cruzar os dados para ver se batem com os apresentados pelo Estado.

    A princípio, os trabalhos vão durar 120 dias, ou seja, quatro meses, e o período pode ser ampliado. A estimativa é de R$ 30 mil de gastos mensais com a investigação.

    Fonte: campograndenews
    Por: Mayara Bueno e Leonardo Rocha
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