CAMPO GRANDE (MS),

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    03/07/2017

    LÍNGUA PORTUGUESA - Professor Fernando Marques


    Texto 21 do livro "Como Ser Feliz, a partir de hoje"!

    5.4    Deixando o passado no passado

     Para a obtenção da felicidade permanente, há a imperiosa necessidade do imediato e definitivo abandono de hábitos que ancoram nas “turvas águas das angústias”, com o entendimento teleológico que explica o axioma: “Deixe que os mortos enterrem seus mortos.” (Lc 9:60)
    Não se pode “carregar os mortos” consigo, ou seja, ter os olhos voltados para trás, aprisionando-se aos resistentes conceitos do passado; amarrando-se aos velhos ensinamentos de que se pode ser feliz pelo acúmulo daquilo que foi conseguido com dificuldades. 
    A felicidade ocorre como resultado de atitudes e de práticas que deixam a pessoa livre para novos vínculos, novas perspectivas, novo estado de espírito (destituído do nocivo sentimento de perda) para a compreensão de que GRATIDÃO é um sentimento que liga a pessoa merecedora diretamente À DIVINA FONTE que tudo cria no universo!
    Analisando-se o que foi exposto neste livro, pode-se perceber que é mais a gratidão pelo que podemos dar é mais poderosa do que a gratidão manifestada pelo o que recebemos.
    “Aquele que mais tem (gratidão por todas as ocorrências do dia-a-dia) mais lhe será dado e terá em abundância; mas aquele que não tem (que é egocêntrico; que é ingrato; que só reclama; que não doa) até o pouco que tem lhe será tirado”. (Mateus 13:12)
     “Aquele que tem (gratidão por todas as coisas que tem e que ganha na vida) mais lhe será dado, e terá em abundância; mas aquele que não tem (que não tem gratidão, que é ingrato, que é insatisfeito) até o pouco que tem lhe será tirado”.
    “Porque ao que tem, mais lhe será dado, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o pouco que tem lhe será tirado”. (Mateus 25:29)
    Um amigo muito rico e muito deprimido me disse que gostaria de ser feliz, mas que não aceita a sugestão de ele seja generoso a ponto de fazer qualquer tipo de doação, porque era grato a ninguém, tendo em visita o fato de ter conquistado o seu patrimônio a custa de próprio suor. Afirmou que durante muito tempo ajudara políticos e que estes jamais lhe retribuíram o apoio recebido. Disse ainda que nem mesmo os filhos nem a ex-mulher merecem a sua fortuna, porque são ingratos e que o tratam de forma estúpida, sem o devido respeito.
     Vendo-o chorar, esperei que se acalmasse e falei: “Meu nobre irmão: você está confundindo doação com investimento e há uma acentuada diferença entre ambos”. “Doação tem origem no sentimento de gratidão e é a parte sublime da generosidade espontânea, enquanto o investimento tem origem no jogo de interesses que deveria prever as decepções como possíveis partes dos resultados”.
    Naquele momento, lembrei-me de ter lido no “Livro da Revelação”:
    E ainda dizes: “Estou rico, conquistei muitas riquezas e não preciso de mais nada”. Contudo, não reconheces que és miserável, digno de compaixão, pobre, cego e que está nu! (Apocalipse 3:17,18)
    Comentei a sobre o fantástico Poder da Gratidão que, aliado à libertação dos ressentimentos e ao perdão concedido a si e aos outros, a fim de que se possa entender o segredo contido no texto: “Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, se lhe abrirá”. (Mateus 7:8)
    Ainda como manifestação do entendimento que o homem comum desconhece, tanto a riqueza quanto a longevidade, a existência vinculada à felicidade permanente e à capacidade para as ações extraordinárias surgirão por intermédio da habitual Gratidão que conecta ao perdão, à libertação dos ressentimentos e à virtude da generosidade espontânea. Assim, será automática e inequívoca a hermenêutica do preciosíssimo apotegma: “Invoca-me e te responderei, e te revelarei conhecimentos grandiosos e inacessíveis, que não sabes”. (Jeremias 33:3)

    Continuação na próxima semana. 
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