CAMPO GRANDE (MS),

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    17/05/2017

    Justiça decide soltar dono de gráfica investigado na Lama Asfáltica

    Desembargadores deferiram habeas corpus para Mirched Jafar Júnior

    © Divulgação
    Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região concedeu pedido de habeas corpus para o proprietário da Gráfica Alvorada, Mirched Jafar Júnior, preso na quinta-feira (11), durante 4ª Fase da Operação Lama Asfáltica – Máquinas de Lama. Liminar foi deferida hoje e empresário deve ser solto durante a noite.

    Jafar Júnior está no Centro de Triagem do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande. Portal Correio do Estado tentou contato com advogados do empresário, mas as ligações não foram atendidas até a publicação desta reportagem.

    Ontem, TRF-3 concedeu habeas corpus e o ex-secretário adjunto de Fazenda, André Cance, que também foi preso na operação, foi solto. Professor e ex-coordenador de administração e apoio escolar da Secretaria Estadual de Educação, Jodascil da Silva Lopes, permanece preso. 

    Considerado o centro de lavagem de dinheiro e pagamento de propina da antiga gestão estadual, a Gráfica Alvorada mantinha contratos milionários com várias secretarias e autarquias do governo do Estado e também com a prefeitura de Campo Grande - na gestão do ex-prefeito Gilmar Olarte (sem partido) e com o grupo JBS.

    Trecho da representação do MPF contra os investigados sustenta que documentos coletados entre a primeira e terceira fases da operação “demonstram que os serviços gráficos prestados pela citada empresa atendiam a vários órgãos do Governo do Estado de MS”. 

    Também cita que “no final de 2014 com o final do mandato do ex-governador André Puccinelli ocorreram diversas contratações de elevado valor envolvendo as áreas de educação, cultura e turismo”.

    MÁQUINAS DE LAMA

    Polícia Federal, Controladoria Geral da União e Receita Federal deflagraram, na quinta-feira (11), a quarta fase da Operação Lama Asfáltica - Máquinas de Lama.

    Objetivo da ação policial foi desarticular organização criminosa que desviou recursos públicos com direcionamento de licitações, superfaturamento de obras, aquisição falsas ou ilícita de produtos e corrupção de servidores. A estimativa é de que o prejuízo causado aos cofres públicos seja de aproximadamente R$ 150 milhões.

    Esta nova fase da investigação resulta da análise dos materiais apreendidos em fases anteriores. De acordo com a polícia, são evidentes as provas de desvios e superfaturamentos em obras públicas, com o direcionamento de licitações e o uso de documentos falsos que justificavam a continuidade e o aditamento de contratos, com a conivência de servidores públicos.

    Fonte: CE
    Por: GLAUCEA VACCARI
    Link original: http://www.correiodoestado.com.br/cidades/justica-decide-soltar-dono-de-grafica-investigado-na-lama-asfaltica/304109/
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