CAMPO GRANDE (MS),

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    05/05/2017

    Garoto que morreu após ser violentado com mangueira de lava-jato estaria sem roupa, suspeita polícia

    Delegado tem 60 dias para concluir as investigações, mas espera encerrar inquérito na metade do prazo. Mais testemunhas devem ser ouvidas.

    MP-MS dá mais prazo para fim de caso de garoto que morreu ao ser agredido com mangueira © Divulgação
    Para o delegado Paulo Sérgio Lauretto, que investiga o caso do garoto violentado com uma mangueira de compressão em um lava-jato de Campo Grande em fevereiro, e que morreu dias depois, a vítima estava sem roupa no momento da agressão.

    Por causa da suspeita, o Ministério Público deu mais 60 dias para o delegado concluir as investigações, mas ele acredita que deve encerrar o inquérito na metade desse tempo. Pelo menos mais três testemunhas devem ser ouvidas.

    Thiago Demarco Sena, de 20 anos, e o funcionário, Willian Henrique Larrea, de 30, são os principais suspeitos © Divulgação
    "A pessoa que age num tom de brincadeira e, simplesmente se aproxima da vítima com a mangueira de ar aciona e pressiona por cima das vestes, essa pessoa assume o risco. Agora, no momento em que eles premeditam a ação, ao ponto de abaixar as roupas e fazer essa introdução, então nós temos aí que esse risco assumido é muito maior. Então, é por isso que iremos indiciar, sendo confirmado, os suspeitos pelo homicídio doloso, pelo dolo eventual", explicou Lauretto.

    Em abril a polícia recebeu do médico legista um parecer que pode ser decisivo para esclarecer como aconteceu a violência. O inquérito sobre o caso tem dois volumes e cerca de quinhentas páginas com depoimentos da vítima, dos envolvidos, da família e testemunhas, além do prontuário médico do Centro Regional de Saúde do bairro Tiradentes e da Santa Casa, onde Wesner Moreira da Silva recebeu atendimento.


    © Divulgação
    Conforme o tempo vai passando, a mãe de Wesner vive dias de angústia e dor. "Eu quero ver eles presos. Eles condenados pelo que fizeram com meu filho", desabafou Marisilva Moreira.

    O caso

    Tudo aconteceu no dia três de fevereiro. O adolescente de dezessete anos foi violentado com uma mangueira de compressão de ar no lava-jato onde trabalhava. Wesner morreu onde dias depois de dar entrada na Santa Casa.

    Segundo a polícia, o dono do lava-jato, Thiago Demarco Sena, de 20 anos, e um funcionário do estabelecimento, Willian Henrique Larrea, de 30, são os principais suspeitos.

    Durante o tempo que permaneceu no hospital, o garoto passou por cirurgias até para retirar parte do intestino grosso. Ele teve uma hemorragia grave, que surgiu por conta de uma lesão no esôfago.

    Fonte: G1
    Por TV Morena
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