CAMPO GRANDE (MS),

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    08/05/2017

    As 7 centrais sindicais de MS discutem Caravana ao DF e ações em Campo Grande

    O Comitê Estadual Contra as Reformas se reúnem amanhã (9) para traçar novas estratégias de luta

    © Divulgação
    As 7 centrais sindicais (Força Sindical, CUT, CTB, CSB, CGTB, UGT e NCST), sindicatos e federações que integram o Comitê Estadual Contra as Reformas (Previdenciária e Trabalhista e a Terceirização) se reúnem amanhã (9) em Campo Grande para traçar estratégias de ações não apenas para serem realizadas em Campo Grande, nesses próximos dias, como também a viagem a Brasília, em caravana, para reforçar a luta com sindicalistas de todo o país, para tentar barrar a aprovação das reformas previdenciária e trabalhista, que tramitam no Congresso Nacional.

    A reunião em Campo Grande será na sede do Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Campo Grande) às 17h30. O comitê pede o comparecimento maciço de sindicalistas de todas as áreas e representantes de todas as centrais que estão irmanadas nessa luta em defesa dos reais interesses dos trabalhadores.

    De acordo com Elvio Vargas, um dos líderes do Comitê Estadual Contra as Reformas, o momento é delicado e por isso será necessário o empenho de todos os sindicalistas e das centrais e federações de trabalhadores de todo o Estado, para sentar e traçar estratégias de luta para os próximos dias. “Vamos estabelecer um programa de ações na Capital e também planejar nossa ida a Brasília, em caravana, com vários ônibus com trabalhadores, para defender seus direitos e lutar por eles na capital federal”, afirmou.

    Para o diretor da Força Sindical, Estevão Rocha dos Santos, o povo brasileiro não acordou para a gravidade que representam essas reformas, principalmente a trabalhista. Pela proposta em votação no Congresso Nacional, os sindicatos perdem força e seu papel em defesa dos trabalhadores. “Na negociação salarial, por exemplo, passará a ser feita diretamente entre o patrão e o empregado. Ora, quem acha que o trabalhador terá alguma chance dentro da sala do patrão para negociar aumento salarial? Hoje, com toda pressão que os sindicatos exercem, a classe patronal não aceita sequer pagar as perdas para a inflação, quanto mais ganho real. Isso não vai acontecer”, adverte o sindicalista que preside o Seaac/MS (Sind. dos Empregados de Agentes Autônomos do Comércio e em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas e de Serviços Contábeis de MS).

    E o fim da intervenção sindical nas negociações salariais é apenas uma das graves mudanças que serão efetuadas e empreendidas na vida trabalhista no país, com as reformas que estão em tramitação no Congresso Nacional, afirma José Lucas da Silva, coordenador da Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB em Mato Grosso do Sul. “Acorda Brasil”, adverte o sindicalista que preside também da Feintramag.


    Por: Wilson Aquino
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