CAMPO GRANDE (MS),

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    06/02/2017

    LÍNGUA PORTUGUESA - Professor Fernando Marques


    Continuação dos textos do livro "Como Ser Feliz, a partir de hoje"!
       
    1.1.1  Os efeitos das lamentações

    Ainda que você não tenha vinculo com religião e que não leia livros “sagrados”, por questão de inteligência, sabe que esses revelam importantíssimos segredos e que, por falta da adequada interpretação, a humanidade padece enquanto poderia aprender, por em prática, e ter uma existência feliz. Dentre os inúmeros segredos revelados nos “livros sagrados”, encontramos um dos mais formidáveis na Bíblia: “Porque aquilo que temia me sobreveio; e o que receava me aconteceu”. Jó 3:25

    Temer, recear, lamentar, lastimar, deplorar, carpir-se, amedrontar-se, acovardar-se, flagelar-se, queixar-se, maldizer, murmurar persistentemente, descontentar-se, falar mal de outrem quando deveria observar-lhes as virtudes, questionar maliciosamente, protestar injustamente, conspirar, rebelar-se com egoísmo e ingratidão, difamar, espalhar boatos maledicentes e irritação, estimular rixa e rejeição, atuar com o coração cheio de amargura, espalhar desânimo e sentimento de perda, implicam inquietudes que produzem maléficas toxinas causadoras de mau-hálito, gastrite, úlceras pépticas, indo das infecções assintomáticas às fulminantes. São essas atitudes e hábitos que geram as alterações no metabolismo, elevando o teor de acidez do sistema sanguíneo e as probabilidades de câncer e de outras doenças.

    1.1.1.1 Vitimização e dissabores

    Quem se dedica à lamúria desmedida e sem fundamento, age como uma aranha que tece a sua teia para destruir suas vítimas, alimentando-se com a suas essências. Tal qual a aranha predadora, a pessoa murmuradora aprisiona-se ao seu parasitário padrão de negatividade e de problemas de caráter, enrolando-se com a sua vítima na sua teia.  O seu diálogo interno é autocrítico depreciativo, preso à vitimização ilusória e à estrutura mental inconveniente que leva à verbalização dos constantes discursos pejorativos, enquanto estende a sua malha de insatisfação e amargura.
    Ao constatar que a vitima está ao alcance da pegajosa teia que o cerca, o lastimador ingrato e ardiloso afeta-lhe o estado de humor, tornando-a mais susceptíveis às queixas, às frustrações, às carências e ao aprisionamento. Desta forma, quanto mais vitimas capturar, maior será a expansão do seu nefasto domínio onde as amarras e as complexas preponderâncias emocionais restringem o exercício de uma vida com autonomia, determinando a substituição da felicidade plena pelo desânimo, vinculado à amargura, às reclamações e à ingratidão.
    A existência do habitual lamentador fica vinculada às sujeiras e aos acúmulos de dissabores que não se extinguem facilmente, nem mesmo após algumas gerações contadas a partir da sua passagem por essa térrea dimensão.

    1.1.2  Opção nociva

    Por força do hábito que se tornou automático, o lamentador passa a reclamar naturalmente de tudo, inclusive de quem o apoia, sem ter noção do seu diálogo destrutivo, da sua ingratidão, da sua displicência, da sua falta de caráter, da sua condição de ser desagradável e de afrontar as pessoas da sua convivência, a própria essência e, principalmente, ao SENHOR DA VIDA.

    1.1.2.1  Lamentações, toxinas e círculo de estresse

    Como zumbis, os cultores das lamentações perambulam sem objeto, sem brilho nos olhos, produzindo toxinas, micróbios e parasitas que se proliferaram da aura ao cérebro. Com as lamúrias e com a ingestão de elementos maléficos, ativam as vibrações negativas e o constante estado de desequilíbrio produzido pela inquietude, pelo sentimento de traição e de solidão, pela insônia e pela sensação de fragilidade. Nessa rotina diária, o mau-humor, os rancores, os desapontamentos, as dores da alma, a insatisfação endêmica, os vícios, as nefastas opções e as equivocadas interpretações, estabelecem o “ideal” mecanismo de fuga e de transitória felicidade, cuja efemeridade resulta o círculo de estresse e os descontentamentos que, “sem querer, querendo”, atraem.   

    1.1.2.2   Murmuradores equiparam-se a caluniadores

    Quem murmura, proclama-se vítima, buscando compaixão quando, em verdade, nem sequer tem respeito a DEUS e a si mesmo. Sua força e a sua energia direcionam-se para a arbitrariedade das lamentações reforçadas pelo uso da máscara, como fazem os assaltantes, os desordeiros e os impiedosos carrascos. Equipara-se aos caluniadores, aos mentirosos, perseguidores, ressentidos e fofoqueiros que buscam apoio semeando amargura e disseminando contendas, sem dar a si, a DEUS e ao próximo o direito ao benefício da dúvida, a ampla defesa e a oportunidade do contraditório. Apenas a sua maldade e seu o maléfico e equivocado ponto de vista devem prevalecer, consubstanciando a dissidência e a sumária condenação das demais pessoas, inclusive de familiares e até mesmo do CRIADOR.
    Por medo de que um dia a sua “verdade” seja rejeitada, entrega-se à estruturação de rotineiras desculpas, à praxe de apontar defeitos e ao desperdício da vida que DEUS lhe concedeu.



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