Deputado lançou candidatura para presidir a Câmara há duas semanas, mas não teve apoio do partido; agora quer esperar decisão sobre legalidade da candidatura do concorrente Rodrigo Maia.
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Deputado Rogério Rosso (PSD-DF) anuncia suspensão da campanha à presidência da Câmara (Foto: Bernardo Caram/G1) |
O deputado Rogério Rosso (PSD-DF) anunciou nesta quarta-feira (25) que vai suspender sua campanha para a presidência da Câmara até que o Supremo Tribunal Federal (STF) se manifeste sobre a presença na disputa do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
"Vou suspender. Não saio nem continuo fazendo campanha, vou sobrestar porque tenho confiança que o STF vai fazer o devido controle constitucional em tempo", disse Rosso. Na prática, ele segue como candidato, mas interrompe as atividades de campanha.
Na última semana, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, deu a Maia um prazo de 10 dias para ele se manifestar sobre uma ação movida pelo deputado André Figueiredo (PDT-CE). O prazo começou a contar no dia 19, quando a Câmara recebeu a notificação.
Oficialmente, Maia não anunciou ser candidato, mas atua nos bastidores para ser reconduzido ao cargo. Seus opositores argumentam que a Constituição e o regimento da Câmara não permitem que o presidente seja reeleito para um novo mandato dentro da mesma legislatura.
A decisão de Rosso veio um dia após a oficialização de que os colegas de bancada do parlamentar vão apoiar a reeleição do atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A candidatura de Rosso chegou a ser anunciada pelo próprio PSD no fim de 2016. No dia 9 de janeiro, o deputado usou as redes sociais para se lançar na disputa.
O nome, porém, não unificou sequer o próprio partido. Na terça (24), depois de semanas de movimentação nos bastidores, a bancada do PSD anunciou apoio a Rodrigo Maia.
Quando a decisão estava para ser anunciada, o novo líder da bancada na Casa, Marcos Montes (MG), disse que uma possível desistência de candidatura seria decisão "pessoal de Rosso".
"Não queremos trazer constrangimento ao Rosso, que é um grande companheiro. [Mas] uma candidatura, sem apoio do próprio partido, fica ruim para ele. Ele não vai querer se expor", afirmou Montes na ocasião.
G1, Brasília
Por Bernardo Caram