CAMPO GRANDE (MS),

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    30/11/2016

    Longen considera positiva redução dos juros, mas espera outras medidas

    presidente da Fiems, Sérgio Longen - Divulgação

    A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, de cortar a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual, diminuindo de 14% para 13,75% ao ano, é avaliada como positiva pelo presidente da Fiems, Sérgio Longen, mas cobra do Governo medidas estruturais que tenham impacto direto na retomada da economia. “Estamos percebendo aos poucos que o Governo pelo menos tem boa intenção. Porém, o que vem acontecendo é que o tempo está passando e o Brasil vem, cada vez mais, enfrentando dificuldades em várias áreas, prejudicando também investimentos e o Governo Federal, por sua vez, caminha a passos lentos com as reformas”, analisou.

    Sérgio Longen acrescenta que as dificuldades do setor produtivo têm aumentado e o Governo está preocupado apenas com o equilíbrio fiscal, deixando de lado outras ações, ou seja, aquelas que realmente fomentam o desenvolvimento do País. “O Governo só está preocupado com o equilíbrio das contas. É preciso entender que apenas reduzir a taxa Selic não vai resolver os problemas do Brasil. Nós temos de propor as reformas, pois o Congresso Nacional tem demonstrado que está apoiando a administração de Michel Temer, mas as reformas estão lentas, por exemplo, a trabalhista está totalmente parada e nem se discute uma pauta, o mesmo ocorre com as reformas política e fiscal”, reforçou.

    Ele acrescenta que não tem mais como retirar receitas do País em decorrência do caos em que se encontra. “O Governo precisa urgentemente sinalizar ações positivas para o mercado com reformas estruturantes”, cobrou, finalizando que, pelo menos, a decisão tomada pelo Copom reforça a percepção de que o ciclo de redução dos juros, de fato, começa a ganhar força, configurando-se em um importante passo para a volta do crescimento, pois ajuda a consolidar um quadro mais favorável à necessária recuperação dos investimentos.



    Fonte: ASSECOM
    Por: Daniel Pedra


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