CAMPO GRANDE (MS),

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    12/09/2015

    Luta contra o aborto reúne centenas de pessoas no centro de Campo Grande

    Foto: Bianca Bianchi

    "Quem defende o aborto não para pra pensar que um dia os pais dele resolveram dar a vida a ele. Então nós temos que defender a vida e dar a oportunidade de mais pessoas nascerem e se tornarem cidadãos de bem". Essa foi a reposta à pergunta "por que defender a vida" dada por um garotinho de 12 anos, João Francisco Rojas, que participou hoje (12) da 2ª Marcha em Defesa da Vida, em Campo Grande.

    Centenas de pessoas percorreram as ruas do centro da cidade, neste sábado de frio, dizendo "vida sim, aborto não". O movimento “pró-vida” reuniu profissionais das áreas da saúde, da educação e jurídica, além de representantes de diferentes denominações religiosas, como católicos, evangélicos e espíritas.

    O arcebispo metropolitano de Campo Grande, dom Dimas Lara Barbosa, lembrou que o direito à vida é o primeiro dos direitos humanos e elogiou a iniciativa de vários movimentos sociais e religiosos abraçarem a causa juntos. "Uma grande mensagem é que não é o dogma, não é a Bíblia que mostra que a vida começa na concepção. É a boa ciência. A partir do momento em que os gametas perdem a sua identidade surge um novo ser humano e que, se ele não for impedido do seu desenvolvimento, ele vai crescer, vai ter uma vida como qualquer outro ser humano", destacou dom Dimas.

    A professora Eveline Rojas participou da Marcha com a família. "Eu tenho seis filhos, então para mim é muito fácil defender a vida. Um filho é uma vida, eu não consigo ver um filho como um problema", disse emocionada.

    Quem também fez questão de marchar pela vida com o bebê de 2 anos no carrinho foi a esteticista Kenia Novaes da Silva. Ela conta que quando engravidou do primeiro filho tinha apenas 18 anos e várias pessoas a incentivaram a abortar. Mas Kenia decidiu levar a gravidez adiante. "Nunca passou por minha cabeça tirar o meu filho, mesmo sendo muito jovem". Infelizmente, a esteticista teve um aborto espontâneo e hoje, anos depois, com o filho nos braços quis levar seu depoimento para mostrar a importância da vida. "Eu já era feliz antes, mas depois que meu filho nasceu eu me tornei uma pessoa sublime, ele é a minha razão de viver". 

    Pelo segundo ano consecutivo, Campo Grande recebeu a 2ª Marcha em Defesa da Vida, movimento que existe em todo o país para chamar atenção da sociedade e do poder público sobre o aborto provocado, defendendo o Estatuto do Nascituro e a não legalização do aborto no Brasil.
    O evento é organizado pelo Comitê Sul-Mato-Grossense de Cidadania Brasil sem Aborto. O coordenador do comitê, Valmir João da Cruz, disse que ficou satisfeito com a participação popular mesmo em um dia tão frio. "Nós defendemos a vida não apenas com base na religião, mas também na ciência que comprova que a vida existe desde a concepção e isso precisa ser respeitado".

    Foto: Bianca Bianchi

    Foto: Bianca Bianchi

    Foto: Bianca Bianchi

    Foto: Bianca Bianchi



    Fonte: ASSECOM
    Por: Marcela Albres