CAMPO GRANDE (MS),

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    14/09/2015

    Audiência pública debate hoje "Hanseníase - História, avanços e perspectivas"

    Reprodução

    Trauma, dor e a superação vividos por centenas de pessoas separadas de seus pais, portadores da hanseníase serão alguns pontos de discussão da audiência pública proposta pelo deputado estadual Amarildo Cruz (PT) em parceria com o Morhan - Movimento de Reintegração de Pessoas Atingidas pela Hanseníase que acontece hoje (14), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, às 14 horas, no Plenário Julio Maia, em Campo Grande.

    A audiência tem o objetivo de sensibilizar a população e, principalmente o Governo Federal sobre o holocausto vivido por essas pessoas, além de discutir os avanços já conquistados por estas famílias, bem como as perspectivas, principalmente em relação às indenizações. “Hoje, pouco se houve falar sobre a hanseníase, uma doença que causou grande sofrimento a muitas famílias. Mesmo com a descoberta da cura da doença, a separação das famílias perdurou por muitos anos no Brasil e esse é um assunto que precisa ser amplamente discutido", explica Amarildo Cruz.

    O parlamentar ressalta ainda que os pais isolados de seus filhos já recebem uma indenização pelo transtorno causado na época, amparados pela Lei 11.520/07. Agora a luta é pelos filhos separados. "Os traumas psicológicos causados a essas famílias são irreparáveis. Os portadores da doença viveram um verdadeiro terror, sendo 'caçados' pela Guarda Sanitária e isolados de seus familiares em colônias. Muitas destas famílias nunca mais viram seus parentes. Por isso essa luta pela indenização é legítima", defende o parlamentar.

    Um encontro de familiares e vítimas da hanseníase aconteceu no mês de junho na Casa de Leis e foi o ponta pé inicial para que o tema fosse debatido e aprofundado em Mato Grosso do Sul. Na ocasião, o coordenador nacional do Morhan, Artur Custódio falou sobre a tramitação do Projeto de Lei travado no Congresso Nacional para dar andamento aos processos de indenizações aos filhos segregados. " Se o Brasil indenizar os filhos segregados, será o primeiro País a reconhecer esse direito", explicou.



    Fonte: ASSECOM