Categoria adiou votação do PL 58/2015, sobre a eleição dos diretores. Governador ressaltou que diálogo será mantido para discutir reajustes.
Cerca de três mil professores, de acordo com a Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), realizam uma paralisação nesta quinta-feira (14). Ao G1, o presidente da entidade, Roberto Botarelli, disse que a categoria conseguiu adiar a votação do projeto de Lei 58/2015, sobre a eleição dos diretores da rede pública estadual. O governo ressaltou que atendeu ao pedido com a intenção de ter uma discussão mais aprofundada sobre o assunto.
“Nossa mobilização ocorre na Assembleia Legislativa em virtude da eleição de diretores das escolas e já consideramos um avanço retirar o projeto da pauta desta quinta (14). Conversamos com deputados de diversas bancadas, pedindo apoio e dessa maneira vamos restabelecer o diálogo e alterações”, afirmou Botarelli.
No final da manhã, professores e representantes de 79 municípios de MS foram para a rampa da Assembleia e ali realizaram uma assembleia. “Nós tivemos 95% de adesão das escolas e cerca de 370 mil estudantes estão sem aula. Viemos também falar sobre o nosso direito de 25% de reajuste, por conta da lei municipal que nos garante este aumento no início do ano”, explicou o presidente.
Em janeiro de 2015, conforme o presidente, os professores tiveram um reajuste de 13,01%. Na ocasião, o governo prometeu aumento de mais 10,98% até o dia 15 de maio.
“Caso o governo não cumprir o acordo firmado conosco, vamos deliberar o indicativo de greve. O resultado dessa reunião então serpa encaminhado para cada município e cada um emite a sua posição”, comentou o presidente.
Em nota, o governador Reinaldo Azambuja disse que 'reafirmou o espírito de diálogo permanente que caracteriza sua gestão à frente do Executivo e decidiu retirar de votação o projeto de Lei 58/2015, que trata da eleição dos diretores escolares da rede pública estadual'.
O objetivo é proceder uma discussão mais aprofundada sobre o assunto, sempre em busca do equilíbrio e do consenso entre as partes envolvidas, para então reenviar a matéria ao Legislativo.
Sobre a questão dos reajustes, amanhã encerra o prazo para a comissão de estudo financeiro, que foi criada pelo Governo em janeiro de 2015, apresentar para a Fetems os números do impacto que essa revindicação deve ter nas contas do Estado.
O governador ressaltou ainda que a política do diálogo será mantida ao máximo para que todo e qualquer ajuste da categoria, seja financeiro ou administrativo, seja feito dentro do consenso entre as duas partes.
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Do G1 MS
Por: Graziela Rezende