CAMPO GRANDE (MS),

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    11/11/2014

    Com Olarte e vereadores em "clima de guerra", protestos agitam Câmara

    Reajustes voltam a pauta na sessão de amanhã da Câmara Municipal


    Foto: Kleber Clajus/Arquivo

    Greve de professores por reajuste, aumento na tarifa de ônibus e do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) ampliam crise no relacionamento entre o prefeito da Capital, Gilmar Olarte (PP), e os vereadores. Na justificativa para as medidas impopulares estão a falta de dinheiro, necessidade de correção e recuperação de receita do município.

    Hoje (11/11), o dia será de protestos no Legislativo para pressionar os vereadores quanto ao reajuste, contra o aumento da tarifa de ônibus e pela permanência de R$ 5 milhões na Fundac (Fundação Municipal de Cultura), que podem ser remanejados de projetos para construção do prédio próprio do órgão e complexo cultural na Rotunda para outra finalidade.

    O líder do prefeito, Edil Albuquerque (PMDB), explica que o momento é de “intranquilidade”, uma vez que outros fatores como déficit em receitas e repasses do ICMS contribuíram para o agravamento de crise financeira que impede hoje o pagamento de reajuste, previsto em lei, de 8,46% aos professores.

    Dentre as alternativas para superar o caso, estão projeto de lei que divide o reajuste para pagamento em março e outubro de 2015 ou aplicação de 1% ao mês até o limite previsto. Na categoria, o consenso é pela continuidade da greve iniciada na quinta-feira (6), enquanto no Legislativo uma nova lei enfrentará resistência por ser, conforme Eduardo Romero (PT do B), “ inaceitável penalizar as pessoas pelos direitos adquiridos”.

    Aumentar a tarifa de transporte coletivo de R$ 2,70 para R$ 2,99 será outro desafio para o progressista. Isso porque o reajuste de 10,74%, conforme os parlamentares, não foi acompanhado de melhoria na qualidade do serviço prestado.

    A oposição, e mesmo integrantes da base aliada, já solicitaram a Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados) planilha de cálculo para avaliar alternativas ao valor. “Tenho dó do prefeito, mas tenho que pensar nos trabalhadores e precisamos de coerência para tratar dessa coisas”, comenta Ayrton Araújo (PT).

    Já em relação ao IPTU, até mesmo o líder do prefeito defende índice menor que os 18% propostos pelo Executivo. Entre os demais vereadores, no entanto, a média varia entre 6,6% até 12%.

    “É preciso fazer de maneira gradativa a reposição, acompanhada de contenção [de gastos]. Estamos sendo muito claros sobre isso com o prefeito e buscamos o equilíbrio entre o índice técnico e o aceitável sem fazer politicagem que possa prejudicar os cofres da Prefeitura”, complementa o presidente da Câmara Municipal, Mario Cesar (PMDB).

    Todos os três pontos de divergência terão ainda desdobramentos nesta semana, uma vez que podem ser votados na sessão desta terça-feira (11/11) no Legislativo.

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    Fonte: campograndenews/JE
    Por: 
    Kleber Clajus