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    20/05/2014

    Vereadores pró-Bernal dizem que não se intimidam com fala de presidente

    Mário César afirma que punição pode ir de advertência até a cassação.Parlamentares alegam que 'tudo foi feito de forma pacífica e dentro da lei'.


    Vereadores durante sessão na Câmara nesta terça-feira
     (Foto: Tatiane Queiroz/G1 MS)

    Os vereadores que acompanharam o prefeito cassado Alcides Bernal (PP) até prédio da prefeitura de Campo Grande, na última quinta-feira (15/5), após liminar que reconduziu o pepista ao cargo, afirmam que não se intimidam com as declarações feitas pelo presidente da Câmara de Municipal, Mário César (PMDB). Nesta terça-feira (20/5), o peemedebista informou que a assessoria jurídica da Casa de Leis estuda maneiras de responsabilizar os parlamentares que estavam no local.

    "Pode ir desde uma simples advertência até a cassação dos mandatos", afirmou. Ainda segundo Mário César, uma das possibilidades é a criação de uma comissão especial para investigar a conduta dos vereadores que acompanharam Bernal e a participação deles na "invasão" do Paço Municipal.

    Segundo o Regimento Interno da Casa de Leis, a formação de uma comissão especial deve ser constituída por Projeto de Resolução proposto pela mesa diretora ou por, no mínimo, três vereadores. O projeto deve ser votado em plenário e aprovado por, no mínimo, 15 vereadores.

    Os vereadores que acompanharam o prefeito cassado afirmaram ao G1 que "tudo foi feito de forma pacífica e dentro da lei". A vereadora Luiza Ribeiro (PPS) relatou que Bernal foi até o Paço Municipal acompanhado de um oficial de Justiça e que não invadiu o gabinete. "Acompanhamos ele no cumprimento de uma decisão judicial e não em uma invasão. Agora, se houve quebra-quebra depois que nós saímos de lá, eu não sei", afirmou a vereadora.

    "A decisão determinava que 'Bernal retomasse as atividades da prefeitura imediatamente'. A sentença não dizia que ele deveria ser empossado novamente, ou que ele deveria ir até a Câmara de Vereadores", defendeu. "Não vamos nos intimidar com essas atitudes do presidente, estamos em uma democracia", afirmou.

    A vereadora Thaís Helena (PT) também comentou a declaração do presidente da Câmara de Vereadores. "É uma tentativa de nos intimidar, mas não vai funcionar", afirmou.

    Paulo Pedra (PDT), que também acompanhou Bernal na última quinta, afirmou que encara com tranquilidade a fala de Mário César.

    Durante a sessão desta terça, o vereador Paulo Siufi (PMDB) usou a tribuna para falar do episódio. Na opinião do parlamentar, o prefeito cassado "orquestrou" vários crimes como dano ao patrimônio público, roubo, extravio de documentos e assédio moral. "Esperamos que a polícia investigue todos eles", enfatizou.






    Do G1 MS/JE
    Por: Tatiane Queiroz