CAMPO GRANDE (MS),

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    28/04/2014

    Caso Erlon: Polícia prende suspeito de fornecer placas a grupo que matou empresário

    DETRAN suspendeu atividades da empresa que fez emplacamento.Empresário foi morto e teve o carro roubado no dia 1º de abril.


    Delegada mostra placas encontradas no carro do empresário
    (Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)

    Uma pessoa envolvida na emissão e fornecimento das placas falsas para os acusados da morte do empresário Erlon Peterson Pereira Bernal foi presa pela Delegacia Especializada de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DEFURV). A titular da unidade, Maria de Lourdes Cano, diz que o suspeito era ligado à Íons Comércio de Placas Para Veículos Ltda.


    Na edição desta segunda-feira (28) do Diário Oficial do Estado (DOE), o Departamento Estadual de Trânsito (Detran/MS) suspendeu as atividades da companhia a pedido da corregedoria do órgão. A medida é preventiva. O G1 entrou em contato com a companhia, mas não obtiveram retorno até a publicação desta reportagem.

    Conforme a delegada, a empresa está sendo investigada porque, ao fornecer as placas sem documentar quem fez a encomenda, teria descumprido uma das normas estabelecidas pelo Detran para a confecção do produto.

    "Uma dessas normas é que nenhuma placa poderá ser entregue, a quem quer que seja, a não ser quando conduzida por alguém da empresa até o Detran, responsável por procedimento administrativo junto ao veículo", esclareceu.

    Quando o carro do empresário foi localizado as placas originais do veículo já haviam sido trocadas. "A princípio, imaginávamos que fossem retiradas, clonadas ou furtadas de outros veículos, mas, na realidade, foram confeccionadas em Campo Grande por uma empresa credenciada ao Detran. Então está sendo apurado como e quem solicitou essas placas", explicou a delegada.

    Conforme Maria de Lourdes, o proprietário da empresa já foi ouvido. Na época, ele não soube informar à polícia quem encomendou o produto. Relatou que a encomenda foi feita por telefone em um dia tumultuado na companhia e que por isso os dados do comprador não foram anotados.

    O DETRAN também prestou depoimento sobre o caso e informou, segundo a delegada, que os documentos necessários para a confecção das placas não passaram pelo órgão. "Alguém vai ter que aparecer para nos trazer a documentação de quem solicitou e de quem conduziu essa placa até o Detran, porque o Detran já disse que, documentalmente, lá essas placas não chegaram", ponderou.

    A corregedoria do Detran instaurou procedimento administrativo para apurar também se houve envolvimento de servidores do departamento na emissão e fornecimento irregular dessas placas. O resultado da investigação sobre como a quadrilha conseguiu as placas será encaminhado pela delegada Maria de Lourdes ao judiciário.





    Do G1 MS/JE