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Foto: Luiz Alberto |
A situação da rua Evaristo da Veiga, no bairro Jardim Noroeste, na saída para São Paulo, em Campo Grande, é preocupante. De terra, a rua está praticamente intransitável. Até para um carro passar a dificuldade é grande. E quando chove, a água desce para as casas. Chuva de vinte minutos na tarde desta terça-feira (4/03) alagou três casas. Os moradores temem o tamanho do estrago que um temporal pode causar.
A faxineira Micaela de Lima, 22, foi uma das que teve a casa alagada com a chuva. Não fossem os vizinhos, que ajudaram e quebraram parte do muro para a água sair, o alagamento teria sido pior. “A água foi até a canela. Perdi sofá, armário. Agora é trabalhar para comprar tudo de novo”, lamenta.
Micaela conta que há dois anos os moradores da rua fazem “muretinha” para evitar que em dias de chuva a água chegue até as casas, mas que a Prefeitura de Campo Grande quando vai ao local quebra a muretinha. “Não estão nem aí para os pobres favelados”, conta.
A vizinha Eva Martins, 54, já teve a casa alagada duas vezes. “Já aconteceu de eu perder tudo e até meu cachorro boiar”, relata. Eva vê a rua como abandonada. “Quando vem alguém, só jogam pedra na rua. A situação está feia. Esta região do bairro é abandonada mesmo”, afirma.
O Corpo de Bombeiros esteve no local, mas como os vizinhos já haviam retirado a água, não precisou tomar nenhuma providência. O órgão constatou que há sério problema de infraestrutura da via e que as residências alagadas estavam em desnível com o nível da rua.
A casa do pedreiro Carlos Felipe, 25, na rua Terra Vermelha, que faz esquina com a Evaristo da Veiga, também foi alagada. Vizinhos tiveram que tirar a terra com enxada para a água sair. “Tinha que ter algo na rua para isolar a água da chuva”, cobra o pedreiro. Carlos teme o que um temporal maior pode causar. “Ninguém arruma isso, ninguém cuida, pode acontecer uma tragédia”, prevê.
Welinton Silva, dono de bar, foi um dos vizinhos que ajudou Carlos Felipe. Welinton criticou o presidente da associação dos moradores do bairro. “Ele não olha para a parte de baixo do Jardim Noroeste. Nem vem aqui. Só em época de eleição. Olha o estado desta rua, são condições subumanas”, apontou.
A reportagem não conseguiu entrar em contato com o presidente da Associação dos Moradores do Bairro Jardim Noroeste, Carlos Henrique Faustino Rosa.
Fonte: Midiamax
Por: Pedro Heiderich
Foto: Luiz Alberto