Sindicato dos bancários diz que medida contraria lei federal.G1 entrou em contato com bancos e aguarda retorno.
Cartaz afixado em agência bancária |
No quarto dia de greve dos vigilantes, nesta terça-feira (05/2), muitas agências bancárias permaneceram fechadas em Campo Grande, segundo o Sindicato dos Bancários (SEEB-CG). Na região central da cidade, oG1 constatou que agências do Itaú e Bradesco optaram em manter o atendimento, restringido o tipo de serviço oferecido aos clientes.
A presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande, Iaci Torres, disse que as agências bancárias só podem abrir as portas para atendimento ao público com a presença de vigilantes, como determina a lei federal nº 7.102/83 (dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros) e que, mesmo restrito, o procedimento dos bancos seria irregular.
A reportagem do G1 entrou em contato com as assessorias do Itaú e Bradesco e aguarda retorno sobre o caso.
Na agência do Itau, localizada na avenida Afonso Pena entre as ruas 13 de Maio e Rui Barbosa, um comunicado na porta do estabelecimento informa: “Agência operando sem numerário [dinheiro]. Não serão realizadas transações em espécie”.
No Bradesco, a reportagem constatou que os clientes estavam sendo atendidos normalmente.
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que as agências devem se organizar a continuar o atendimento, mesmo sem o trabalho dos vigilantes.
Clientes
Na fila de uma agência bancária na rua 13 de Maio, região central de Campo Grande, o dentista Ismael Benites, 42 anos, disse que na sexta-feira os caixas eletrônicos operaram com dinheiro em espécie, diferentemente de hoje.
Maria Madalena, 42 anos, que trabalha como serviços gerais, reclamou dos transtornos provocados pela paralisação dos vigilantes. Ela diz que utilizava as lotéricas para pagamentos de contas como água e energia elétrica. “Só tenho uma hora de almoço e tenho que ficar na fila esperando”, disse Madalena, que estava no fim da fila de uma banca na avenida Afonso Pena, uma das únicas opções para pagamento.
A estagiária Cristina Rocha, de 32 anos, disse que a paralisação dos vigilantes não atrapalhou sua rotina. “Acho que os vigilantes estão certos. Eles têm direito de receber um salário digno".
Fonte: G1 MS
Por: Fabiano Arruda
Foto: Fabiano Arruda