Mochi pretende definir candidato até junho deste ano |
O presidente estadual do PMDB, deputado estadual Junior Mochi, tem uma difícil missão: convencer o partido e, principalmente, o governador André Puccinelli (PMDB), de escolher o candidato do partido para a eleição ao Governo do Estado até junho deste ano.
Puccinelli insiste em dizer que tudo é possível na formação de aliança e não descarta a possibilidade de compor com o PT, do senador Delcídio Amaral. Para isso, defende a escolha do candidato só em 2014. O pensamento de Puccinelli contraria o de Mochi, que defende candidatura própria do PMDB em Mato Grosso do Sul e a escolha do nome ainda neste semestre.
A proposta de Mochi tem por finalidade dar tempo para que o candidato do partido dispute em igual condição o Governo com Delcídio, que na opinião de Mochi, já está há mais de três anos pavimentando a campanha. Mochi entende que com a antecipação do nome o candidato terá tempo para trabalhar, correndo pelo interior, unindo o partido e trazendo outros filiados, já que o tempo para transferência de um partido para o outro termina em outubro deste ano.
O presidente do PMDB lembra que é preciso aprender com os erros, já que o partido não acertou na condução do processo eleitoral em Campo Grande, o que levou a uma histórica derrota, após 20 anos de hegemonia. Para não correr o risco de ver a história se repetir no governo, Mochi quer que a militância e as lideranças falem a mesma língua e a decisão não seja tomada apenas por alguns.
Para tentar encontrar esta sintonia entre os militantes e as lideranças, bem como escolher o candidato entre Nelsinho Trad (PMDB) e Simone Tebet (PMDB), o presidente do PMDB pretende fazer pelo menos oito reuniões até o final de junho, para evitar que o partido sofra pela ausência de definição de nome. “O partido precisa ter candidato. Um candidato que fale em nome do partido”, avaliou.
Embora Mochi avalie que não há briga na disputa pela candidatura no PMDB, é evidente o desconforto provocado principalmente por Puccinelli, que não desiste de lançar Simone Tebet como candidata, embora a vice-governadora insista em dizer que prefere ser senadora.
A vontade de Simone de chegar ao Senado é ainda mais difícil porque, embora diga que quer se aposentar, Puccinelli não desiste de brigar pela vaga. O desejo fica explícito no semblante de Puccinelli quando é lembrado que Simone torce para que ele se aposente. “Cada um torce para o que quer. Eu torço para o Santos”, disse Puccinelli quando lembrado que Simone gostaria que ele se aposentasse para que ela se candidatasse ao Senado Federal e Nelsinho ao Governo do Estado.
Fonte: Midiamax
Por: Wendell Reis
Foto: Wendell Reis