CAMPO GRANDE (MS),

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    07/09/2020

    CAPITAL| Polícia Militar providencia um jeito de comemorar o 7 de Setembro com desfile cívico modesto

    A PM colocou viaturas e cavalos na Afonso Pena, para não deixar a data ser esquecida 

    Viaturas foram dos Altos da Afonso Pena até o Centro da cidade ©Henrique Kawaminami
    A Polícia Militar não deixou o 7 de Setembro passar sem comemoração. Na manhã desta segunda-feira, providenciou uma versão modesta, mas tradicional do desfile cívico em Campo Grande.

    Por volta das 9h30, cerca de 70 policiais, todos com máscaras, percorreram a Avenida Afonso Pena em carros, motos e 20 cavalos. "Foi uma singela homenagem ao povo sul-mato-grossense e à Independência do Brasil", explica o tenente-coronel Cleder Silva.

    A concentração ocorreu no Parque das Nações Indígenas, de onde o grupo partiu até a Praça do Rádio Clube. "Já é pensado há alguns meses, mas não foi divulgado para não atrair público na pandemia. Adaptamos ao momento", comenta.
    Vinte cavalos na Avenida Afonso Pena, durante o desfile desta manhã ©Henrique Kawaminami
    Com sirenes ligadas, foi impossível não chamar atenção. Mesmo assim, a maior parte da plateia neste feriado se limitou a parentes e amigos dos policiais, que acompanharam de carro também.

    No caso da aposentada Ruth Corrêa, 58 anos, o motivo de acordar cedo para ver o jeito diferente de comemorar o 7 de Setembro é especial este ano: a filha acaba de ingressar na Polícia Militar. Além do orgulho, ela lembra que era tradição em família acompanhar esse tipo de evento, mas entende que na pandemia o melhor é evitar aglomeração.

    "Criei minhas filhas indo aos desfiles. Sinto muita falta do desfile cívico, tanto do 26 de Agosto, quanto do 7 de Setembro. Mas patriotismo está no coração", diz.

    Já João Carlos Sherer, de 60 anos, foi um dos desavisados no desfile da PM nesta manhã, e aproveitou para mandar um recado ao estilo "grito dos excluídos", movimento que normalmente encerrava todos os desfiles com tom mais crítico em relação à data histórica.

    "Não há independência coisa nenhuma. Não tem emprego, há falha na saúde e se você quiser arrumar dinheiro tem de ir para outro país trabalhar", reclamou.
    Parentes formaram a pequena plateia na Praça do Rádio Clube ©Henrique Kawaminami 


    Fonte: CAMPO GRANDE NEWS
    Por Ângela Kempfer e Viviane Oliveira



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