CAMPO GRANDE (MS),

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    26/04/2019

    Equipes brasileiras fecham acordos com bancos digitais e mercado ganha novos investimentos

    ©ILUSTRAÇÃO
    Algumas empresas virtuais, principalmente do setor bancário, estão começando a ganhar espaço no futebol brasileiro. Em 2019, os dois clubes mais populares do Brasil, Flamengo e Corinthians, vão estampar na camisa marcas que possuem serviços totalmente virtuais. É o crescimento do mercado online, que continua ganhando espaço na economia do país e deixando para trás alguns nomes mais tradicionais e já conhecidos. 

    O Flamengo fechou um acordo de R$ 15 milhões anuais com o BS2, que é uma nova iniciativa do antigo Banco Bonsucesso. (Veja mais em: https://www.bs2.com/) Além dos valores anunciados, o clube carioca também vai lançar um aplicativo para os torcedores abrirem conta na instituição. Para cada novo cliente que é apoiador do rubro-negro, o time recebe uma porcentagem não anunciada do lucro. É uma nova forma de patrocínio que ganhou maior adesão nesta temporada.
    Já o parceiro do Corinthians será o Banco BMG, que também fechou contratos com o Atlético Mineiro e o Vasco. A equipe paulista recebeu R$ 30 milhões para assinar contrato e deve receber metade disso anualmente. Os dois outros times também fecharam acordos parecidos, mas com valores diferentes. A iniciativa entre os dois é a conta Meu Corinthians BMG, em que o clube fica com 50% do lucro das contas abertas pelos torcedores paulistas. (Veja mais em: https://www.meubmg.com.br/corinthians/

    A força do mercado digital finalmente chegou no futebol brasileiro, depois de tomar grande parte da Europa. Por lá, os sites de apostas online são mais fortes que os bancos digitais e, por isso, são os principais parceiros de clubes das grandes ligas. Eles possuem espaço na Inglaterra, na Espanha e na Itália. A Betfair, por exemplo, é a patrocinadora de Arsenal, Barcelona e Juventus. (Veja mais em: https://www.betfair.com/br) .

    Espaço deixado pela Caixa 

    O mercado digital só conseguiu ganhar espaço no Brasil por conta da Caixa Econômica Federal. Em 2019, o banco estatal decidiu interromper o investimento no futebol nacional e deixou alguns clubes sem contratos. Flamengo e Corinthians, por exemplo, eram antigos parceiros e recebiam quase R$ 60 milhões juntos. Um valor que, atualmente, não existe mais neste modelo. 

    A única equipe que foge desse padrão é o Palmeiras, que possui um acordo milionário com a Crefisa. (Veja mais em: https://www.crefisa.com.br/crefisa/parcerias) Desde 2015, a instituição financeira tem gastado muito no time paulista. Foram mais de R$ 400 milhões investidos de diferentes formas, seja com salários de jogadores ou até a compra de passes mais caros. O resultado é positivo até o momento, com a equipe acumulando dois títulos nacionais.

    Seja com bancos digitais ou outras empresas virtuais, o futebol brasileiro apenas começou a explorar esse potencial. Sem a Caixa, que chegou a patrocinar mais de 20 equipes, novos acordos devem surgir com o tempo. É preciso esperar os próximos meses para saber quão lucrativas e bem-sucedidas essas ações vão ser e assim crescerem cada vez mais. As marcas tradicionais devem perder espaço para marcas mais modernas e conectadas com a internet e aplicativos móveis.



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