CAMPO GRANDE (MS),

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    08/02/2019

    Desafios do Mato Grosso do Sul

    O Estado avançou posições em sete das dez áreas avaliadas, mas perdeu posição no ranking de Educação segundo o estudo da Macroplan que avalia serviços prestados à população

    ©REPRODUÇÃO
    A melhoria das Condições de Vida e da Saúde da população no Mato Grosso do Sul será um dos principais desafios do Mato Grosso do Sul. Além disso, o novo governo terá que lidar com uma população impaciente com a má qualidade, a lentidão e o elevado custo da entrega de serviços e pouco tolerante com os desvios éticos e a corrupção. É o que demonstra a quarta edição do estudo Desafios da Gestão Estadual (DGE)(www.desafiosdosestados.com.br) da consultoria Macroplan. O estudo, que avalia as entregas feitas à população pelos governos estaduais no período de uma década e mapeia os desafios que se apresentam para o período 2019 -2022, destaca que o Mato Grosso do Sul está na 9º colocação no ranking nacional. Nas áreas específicas, o Estado está melhor posicionado em Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Desenvolvimento Social - 4ª, 7ª e 7ª colocação respectivamente. A área mais crítica é a da Condição de Vida da população (que inclui indicadores de moradia, saneamento e poluição atmosférica) na qual o estado figura na 17ª posição nacional.

    Para definir a situação dos estados, a Macroplan utiliza o Índice dos Desafios da Gestão Estadual (IDGE), que abrange um conjunto de 32 indicadores de 10 áreas de resultados - educação, capital humano, saúde, segurança, educação, capital humano, saúde, segurança, infraestrutura, desenvolvimento econômico, juventude, desenvolvimento social, condições de vida e institucional. O IDGE varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, melhor o desempenho do estado. O Mato Grosso do Sul exibe uma pontuação do IDGE de 0,546 acima da média brasileira de 0,535. 

    Mesmo os estados nas primeiras posições do ranking têm muito a avançar para reduzir as distâncias em relação aos países desenvolvidos, por exemplo, em termos de qualidade da educação. Seguindo a tendência da última década, nenhum estado alcançará no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) do Ensino Fundamental II ou do Ensino Médio em 2021 a nota 6, correspondente à média dos países da OCDE em 2003.

    Avanços e recuos do MS

    O Mato Grosso do Sul recuou uma posição nos rankings de Condições de Vida e de Educação na década. No IDEB do Ensino Médio, por exemplo registrou, em 2017, a mesma nota de 2007.

    Por outro lado, foi o estado com o maior crescimento do índice sintético IDGE na década. O estado avançou no ranking de 7 das 10 áreas, com destaque para as áreas de segurança (+15 posições) e saúde (+10). No entanto, ainda está em 14ª posição entre as unidades da federação no ranking de saúde.

    “Como outras unidades da federação, o MS possui passivos fiscais e financeiros e crescentes gastos com a previdência e com as folhas de pagamento, problemas que terão que ser enfrentados com uma política fiscal disciplinada e mudanças radicais na gestão para avançar nos campos econômico e social”, destaca o diretor da Macroplan e coordenador do estudo, Gustavo Morelli. Para ele, o MS poderá avançar mais rapidamente, mesmo no atual cenário de restrição de recursos, se forem feitos investimentos robustos na profissionalização da gestão. “É preciso atuar com base em evidências para melhorar a capacidade de produzir resultados, evitar dispersar os escassos recursos em programas de baixo impacto e definir o foco de cada ação do estado”, avalia Gustavo Morelli.



    Por: Ceci Almeida



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