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A culpa sempre é da bebida… Do buraco nas ruas… Das ações sociais… Desemprego, e por aí vai… Nesse fim de semana mais um caso, entre tantos e tantos da violência contra a mulher, mas não foi só aqui ou ali… Nem só esse caso específico contra a MULHER, mas acidentes de trânsito, homicídios, tentativas de homicídio, espancamentos de crianças, brigas em bares e conveniências e por aí vai…
Tudo relacionado ao consumo exagerado da BEBIDA ALCOÓLICA, ou sem exagero… Tanto faz.
O alerta é que sempre a culpa é retribuída a bebida. O consumo de bebidas alcoólicas no país é considerado uma das armas que matam mais brasileiros, até quando será posta a culpa NELA?
Ou em quem vende, fabrica ou transporta?
E o consumidor? Aquele que tem consciência que a ingestão da mesma e a direção pode ter sérias consequências, como a de tirar a vida de pessoas; o marido que quer agredir e toma umas para ser valentão; e adolescentes que querem mostrar que já são donos da própria vida… Eles não têm culpa?
Ora… Sempre se vê na primeira linha de uma matéria é que estavam alcoolizados quando cometeram esses crimes.
Não estou aqui para livrar os poderes públicos de ações que poderiam evitar tais fatos, muito menos negar que temos um longo caminho numa questão social e política a ser resolvida. Afinal vivemos num país onde somos considerados de último mundo (nem se quer estamos na lista do terceiro mundo), faltam ainda ações governamentais para que possamos erradicar problemas sociais tão graves como esse.
Mas, penso que se houvesse mais seriedade no trato desse assunto, deixando bem claro, que antes de qualquer culpa direcionadas a vários fatores, teríamos que enfatizar que quem comete crimes relacionados ao consumo do álcool é, inteiramente, culpado da ação. E não relacionar ao uso indevido da bebida como se estivéssemos culpando a mesma pelo crime.
Mas é um assunto que, como diria minha avó: “da muito pano pra manga”, ditado popular.
O que venho chamar à atenção é para a consciência e gravidade desse assunto, que pelo meu ver, não é tratado como se deveria.
Até quando seremos vítimas de tantos crimes? Perderemos membros da nossa família e saberemos pelos jornais notícias que nos chocam.
Quando seremos agraciados por atitudes e ações que nos levam a plena consciência de que a ingestão exagerada do álcool, juntamente com alguns fatores, nos trarão perdas irreparáveis?
Por Laurinda Bento