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    20/01/2018

    ARTIGO| Os últimos momentos de Temer e a sua pecha

    Por: Victoria Ângelo Bacon*
    Em entrevista, digamos memorável à Folha de São Paulo, Michel Temer sai de seu Bunker (Palácio do Planalto) nos meses que antecedem sua saída do cargo-mor da República. Temer em suas falas rabiscadas por pleonasmos e metáforas; desenha uma figura que ele gostaria de ser, porém, nunca conseguiu, inclusive ser eleito por São Paulo, seu estado natal, carregador por coligações “amigas”. Utilizando-se do termo latino "pecha" o presidente Temer tenta a custos justificar as medidas impopulares que lhe tornou o presidente da República mais rejeitado do planeta Terra em 2017. O termo " pecha" significa um defeito moral no cidadão que necessita urgentemente ser modificado. Pronto, o presidente Michel Temer encontrou a solução para todos os problemas da moralidade do país. Reconhecer o erro é uma nobreza do cidadão desde que esse mesmo cidadão mude seus defeitos e vícios. Temer ao tentar a qualquer custo na nomeação de Cristiane Brasil ao cargo de ministra do Trabalho, essa condenada pela justiça do trabalho em não observar a legislação trabalhista, vai antemão às justificativas do próprio Michel Temer em entrevista concedida à Folha de São Paulo na manhã do sábado (20 de janeiro) data que celebramos a história do mártir São Sebastião que tanto lutou pela ética e moralidade no governo romano e como cristão foi condenado à morte de cabeça para baixo flechado em uma árvore por ordem de Diocleciano, imperador romano considerado o mais corrupto da história romana no ano 286. Trágico ou não a data escolhida por Michel Temer para conceder entrevista ao maior e mais conceituado jornal do país, falando com propriedade em resgatar a moralidade relaciona-se à data da morte do mártir São Sebastião que morreu pela causa da moralidade em tempos que não havia democracia. Qual a intenção real de Michel Temer em sair de seu Burker e tentar uma conciliação com a opinião pública sedenta de moralidade? Sem resposta. Talvez o presidente Temer reconheça tardiamente o valor da moralidade na construção histórica do ser humano. Ninguém por mais títulos acadêmicos, fortuna e poder que possua será lembrado na história, se esse não a conquistar através do reconhecimento da sociedade. Vivemos em tempos de redes sociais onde tudo é armazenado e a memória se conserva nas telas dos smartfones. 

    Michel Temer satiriza o momento em que o país atravessa? Nunca na história recente dessa república assistimos a um presidente nomear condenados pela justiça a cargos de importância e relevância. Cargos como reitor de universidade federal que foram comandos pelas justiças estadual e federal e permanecem nas funções. Cargos de secretários de ministérios, presidentes de bancos e até ministros de estado, Talvez a ficha caiu e Temer queria a paz com ele mesmo?

    Seu filho, Michelzinho, seus netos, bisnetos e assim sucessivamente, serão cobrados pela história de seu maior nome Michel Temer que presidiu um país num momento crucial de sua história onde assistimos políticos serem presos e o sonho de uma pátria que respeite os mais triviais valores cristão que passa pela moralidade do ente humano.

    Presidente Temer. Se queres o mel não espante as abelhas. Se desejas regatar o que perdeu comece a rever quem nomeias para cargos de livre escolha da sua vontade, amém!

    *Secretária Executiva e Jornalista.


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