CAMPO GRANDE (MS),

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    30/07/2016

    PMDB oficializa Marta como candidata à Prefeitura de São Paulo

    Convenção municipal ocorreu na manhã deste sábado (30), na Zona Norte. Chapa terá o vereador Andrea Matarazzo, do PSD, como vice.

    Marta Suplicy e Andrea Matarazzo (Foto: Juca Rodrigues/ Framephoto/ Estadão Conteúdo)

    A convenção municipal do PMDB em São Paulo oficializou na manhã deste sábado (30) o nome de Marta Suplicy na disputa para a Prefeitura da cidade. O vereador Andrea Matarazzo (PSD) será vice na chapa da senadora.

    A aliança foi confirmada na convenção dos partidos em evento na quadra da escola de samba Rosas de Ouro, na Zona Norte.

    Depois de fazer um resumo de sua biografia, Marta disse que aprendeu com os "tropeços".

    "O que você aprendeu com seus erros? É preciso ter coragem, tirar o medo da frente e ir para cima, avançar. Eu nunca abri mão do que eu acredito", disse entre uma sambada e outra no palco.

    "Como todos sabem, eu saí do partido que ajudei a construir, tijolinhos por tijolinho", completou. Marta diz que saiu do PT quando constatou que "não tinha mais condições de mudar o rumo do partido e do país".

    Marta Suplicy já foi prefeita de São Paulo entre 2001 e 2004, quando era afiliada ao PT. No ano passado, ela deixou o partido do qual fez parte por 33 anos e filiou-se ao PMDB.

    "Foi por tudo que eu já fiz, e por tudo que ainda posso fazer, que decidi ser candidata", disse.

    "Eu sei que minha responsabilidade aumentou, porque agora a comparação não vai ser com os outros governos, vai ser comigo mesma", completou.

    Matarazzo também deixou o partido que integrou por muito tempo. Ele anunciou sua desfiliação do PSDB em março, após 25 anos, em meio às prévias do partido nas quais tentava ser escolhido o candidato à Prefeitura de São Paulo.

    Ele denunciou supostas irregularidades na campanha realizada pelo empresário João Dória, que depois acabou sendo escolhido o nome do partido para as eleições municipais. Doria afirma que seguiu todas as regras. Poucos dias depois, em 29 de março, Matarazzo anunciou sua filiação ao PSD.

    Na convenção, Matarazzo disse que abre mão de seu "sonho" para "unir forças" com Marta. "A partir de agora vou caminhar em torno de um só projeto. Vocês sabem o quanto eu queria ser candidato a prefeito."

    "Somar forças com Marta significa reunir todas as pessoas de bem que querem o melhor para a nossa cidade. Temos muito mais pontos em comum do que eu imaginava", completou.

    Matarazzo citou o bilhete único e o CEUs (Centros Educacionais Unificados) como exemplo de concordância entre os dois.

    "Essa aliança já nasce do tamanho de São Paulo. A prioridade é o cidadão Paulistano. União que tem o legado da gestão da Marta, do Serra, do Kassab". Matarazzo encerrou citando Mário Covas (PSDB). "Ele dizia que na política é possível conciliar política e ética, política e honra, (...) e é por isso que estou aqui hoje".

    O presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), Paulo Skaf, defendeu a "humildade" da Marta em reconhecer "eventuais erros". Destacou a vida política da candidata, e sua experiência na gestão pública.

    Conciliação

    Historicamente adversário político de Marta, Matarazzo explicou como os dois superaram as divergências. "Estávamos em campos opostos quando ela foi prefeita e quando eu estive na Prefeitura. Nos encontramos há duas semanas e encontramos muito pontos convergentes nos nossos programas. A visão sobre a cidade é muito parecida. Sobre a periferia, principalmente."

    Também pesou na discussão o tempo de televisão. "Eu comeceia ver que seria difícil levar para frente uma campanha onde os tempos de televisão dos adversários tinham ficado muito grandes. Vendo isso, continuamos a conversar e acabou chegando nessa convergência de ideias, na junção dos programas de governo, que é o que vamos fazer agora, e olhar para frente", afirmou.

    Matarazzo ainda afirmou que ele e Marta "são duas pessoas que conhecem muito a cidade, que sabem como tocar a máquina e colocar projetos em pé." Ele prometeu "dar continuidade a bons pojetos" que tiveram na gestão de Marta e na gestão da qual participou.

    "Renunciei a um sonho porque acho que o coletivo se sobrepõe e efetivamente eu vi a chance desses projetos diferentes para São Paulo, principalmente fora dessa guerra permanente que está em São Paulo, entre vermelhos e a azuis, etc. Uma nova corrente política que pudesse implementar projetos que a cidade precisa tanto."

    Outros candidatos:

    Foram oficializadas até agora as candidaturas às eleições para a Prefeitura de São Paulo de:

    - Fernando Haddad (PT), com Gabriel Chalita (PDT) como vice;
    - Celso Russomanno (PRB), com Marlene Campos Machado como vice;
    - Luiza Erundina (PSOL), com Ivan Valente como vice;
    - João Doria (PSDB), com Bruno Covas como vice;
    - João Bico (PSDC), com Sílvia Cristina Silva Martins como vice;
    - Henrique Áreas de Araujo (PCO), com Tranquilo Mortele como vice;
    - Levy Fidelix (PRTB), com Jairo Glikson como vice;
    - Ricardo Young (Rede), com Carlota Mingolla como vice;
    - Major Olímpio (Solidariedade), com David Martins como vice.
    Marta e Matarazzo em anúncio da candidatura da peemedebista à Prefeitura de São Paulo (Foto: Lívia Machado/G1)
    Marta e Andrea Matarazzo sob chuva de papel ao final da convenção (Foto: Livia Machado/ G1 )

    Marta e Andrea Matarazzo (Foto: Lívia Machado / G1 )



    Do G1 São Paulo
    Por: Lívia Machado

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