CAMPO GRANDE (MS),

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    28/07/2016

    Carlinhos Cachoeira é preso por agentes da Polícia Federal no Rio

    Empresário estava cumprindo prisão domiciliar em hotel na Zona Sul. Agentes da Polícia Federal estiveram no local na manhã desta quinta (28).

    Cachoeira foi preso em Hotel na Zona Sul do Rio na manhã desta quinta-feira (Foto: Reprodução / TV Globo)

    O empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso na manhã desta quinta-feira (28) em um hotel da Avenida Atlântica, em Copacabana, Zona Sul do Rio. Agentes da Polícia Federal deixaram o local por volta das 8h50. Cachoeira cumpria prisão domiciliar desde o dia 11 de junho, quando deixou o complexo penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio.

    Nesta quarta-feira (27), a 1ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal (TRF-2) determinou de Carlinhos Cachoeira, do dono da construtora Delta, Fernando Cavendish, e outros três réus da Operação Saqueador voltem para a cadeia em prisão preventiva.

    A operação prendeu suspeitos de envolvimento em um esquema de lavagem de R$ 370 milhões desviados dos cofres públicos. A decisão do tribunal foi unânime, com três desembargadores votando pela volta dos suspeitos à prisão.

    Como a decisão, o tribunal restabelece a decisão do juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que determinava o cumprimento da prisão preventiva em regime fechado.

    Durante a sessão, o presidente do tribunal, o desembargador Paulo Espírito Santo disse que "o país não suporta mais a corrupção, a impunidade, e não botar na cadeia os mais ricos". Antes, o relator do caso, Abel Gomes, já tinha votado pela volta da prisão dos suspeitos. O último desembargador a se pronunciar, André Fontes, acompanhou o voto dos dois colegas.
    Empresário foi levado na caçamba de carro da Polícia Federal (Foto: Reprodução / TV Globo)

    No dia 11 de junho, Cavendish, Cachoeira e os empresários Adir Assad, Cláudio Abreu e Marcelo Abbud, presos na operação, deixaram o presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, com uma decisão do STJ.

    Alegações
Na sessão, a defesa de Cavendish alegou que ele precisaria ficar em casa com as filhas gêmeas de seis anos, já que ele é o único responsável pelas meninas desde a morte da mãe em um acidente aéreo.

    Já o Ministério Público defendeu a volta dos envolvidos para o presídio sob alegação de que se isso não ocorrer, eles poderão fugir do país e colocar em risco todo o processo. O órgão lembrou ainda que, segundo levantamento da PF, Cavendish viajou 15 vezes para o exterior - e só levou as filhas em quatro ocasiões.
    Carlinhos Cachoeira teve a prisão domiciliar suspensa pelo TRF nesta quarta (27) (Foto: Reprodução / TV Globo)

    Foram analisadas três possibilidades, a partir dos pedidos de habeas corpus: os presos voltarem para o presídio, como defende o MP; permanecerem em prisão domiciliar; e o pedido da defesa, de suspensão da prisão preventiva com liberdade para morar e trabalhar onde quiserem.

    Imediatamente após a sessão, o advogado de Cachoeira, Cléber Lopes, disse que vai recorrer da decisão ao STJ. A Sétima Vara Federal ainda não havia sido notificada da decisão até as 17h35.

    Devido à falta de tornozeleiras eletrônicas no estado, os réus cumpriram prisão domiciliar sendo monitorados por agentes da Polícia Federal (PF) após terem deixado o presídio no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reveja a decisão.



    Do G1 Rio

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