O TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) determinou neste domingo (6/08) que a área do viaduto Batalha de Guararapes, que desabou na última quinta-feira (3/07), em Belo Horizonte, seja preservado para perícia e os trabalhos de demolição, adiados.
A pedido do promotor de Justiça de plantão Marcos Antônio Borges e do titular da 3ª Delegacia Regional de Venda Nova, Hugo e Silva, o desembargador Adilson Lamounier determinou a suspensão dos trabalhos até que as perícias sejam concluídas.
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Arte UOL |
As obras de demolição teriam início neste domingo. Em nota, a Defesa Civil do município informou que foi notificada e suspendeu o início dos trabalhos. "O TJ-MG mediante provocação do MP determinou que o local dos fatos permaneça inalterado e a conservação do cenário se estabeleça", diz o comunicado do órgão. A construra Cowan, responsável pela construção, também por meio de nota, disse as obras de demolição foram suspensas por "determinação de órgãos competentes".
Na noite deste sábado (4/07), a construtora Cowan, responsável pela construção, tinha recebido autorização dos peritos da Polícia Civil de Minas Gerais para iniciar às 8h deste domingo (6) a demolição da estrutura do elevado. De acordo com nota da empresa, os trabalhos de demolição seriam feitos entre 8h e 20h, mas foram interrompidos.
No desabamento do Batalha de Guararapes, foram atingidos um micro-ônibus, um Fiat Uno e dois caminhões. A motorista do micro-ônibus Hanna Cristina dos Santos, 26, e o condutor do Fiat Uno, Charles Frederico Moreira do Nascimento, 25, morreram.
Preparação para demolição
Desde o início da manhã deste sábado (5), operários e máquinas da prefeitura e da Sudecap (Superintendência de Desenvolvimento da Capital), além da Cowan, estavam prontos para iniciar a demolição da estrutura, mas os peritos exigiam que área onde foi constatado um afundamento de seis metros de um dos três pilares de sustentação do viaduto fosse preservada.
O local deverá ser isolado num raio de dez metros e cercado por tapumes, para acesso apenas dos peritos à área.
Para a conclusão da perícia técnica, de acordo com a Polícia Civil, ainda são necessárias sondagens e análises do solo para tentar confirmar o que levou o pilar a afundar.
A estrutura de sete metros era sustentada por cinco estacas de cada lado, com 22 metros cada. Parte dos trabalhos dos peritos é feito com equipamento que reproduz a área em três dimensões, facilitando a elaboração do laudo técnico.
Jogo da seleção
A prefeitura tem urgência na demolição por causa da necessidade de liberação da avenida Pedro 1º, antes de terça-feira (8), dia da partida entre as seleções do Brasil e da Alemanha, no Mineirão, localizado na mesma região, a Pampulha, onde ocorreu o desabamento.
A avenida Pedro 1º é a principal via de ligação do Aeroporto de Confins, na região metropolitana, com o centro de Belo Horizonte.
Em nota, a prefeitura informou que adotou as providências solicitadas pela PC para o início da demolição do viaduto. "A prefeitura está pronta para iniciar os trabalhos de demolição, tão logo haja a liberação por parte da Polícia Civil", diz o comunicado.
Fonte: UOL, em Belo Horizonte
Por: Carlos Eduardo Cherem