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Cooper Harris Foto: Reprodução |
O pequeno Cooper Harris, de apenas um ano e 10 meses, tentou desesperadamente escapar do carro onde foi deixado pelo pai, Justin Ross Harris, acusado de assassinar a criança. De acordo com o jornal Daily Mail, o detetive Phil Stoddard declarou durante o julgamento que foram encontrados machucados na nuca da criança, o que indica que o menino tentou se soltar da cadeira. Ele também tinha vários arranhões no rosto, que teriam sido feitos durante seus momentos de agonia.
O detetive informou ainda que o pai de Cooper apertou o cinto da cadeirinha da criança mais forte e deixou o assento em nível mais baixo, para dificultar que se soltasse.
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Leanna, Justin e o pequeno Cooper Foto: Reprodução/Facebook Leanna Harris |
Durante o julgamento, foi revelado ainda que Harris passou à família instruções de como ter acesso a uma possível apólice de seguro de vida do menino. Ele também teria pesquisado na internet “como sobreviver na prisão”.
A mulher de Harris, Leanna, esteve presente na audiência. Segundo o detetive, ela também apresentou comportamento estranho após a morte do filho. Ao notar que a criança não teria sido levada para a creche, Leanna teria declarado: “Ross deve ter esquecido ele no carro”.
As audiências começaram na última quinta-feira. De acordo com a promotoria, o pai usou um aplicativo de celular para trocar mensagens de conteúdo íntimo – incluindo fotos – com várias mulheres, uma delas adolescente, horas antes do falecimento do pequeno Cooper. Além disso, ele já havia usado seu computador para pesquisar sobre morte de animais sob prisão em locais em altas temperaturas. As informações são da rede ABC News.
“Ele queria ter uma vida livre da criança”, afirmou o promotor, durante a audiência, na qual o juiz negou fiança para o réu e afirmou que ele pode pegar a sentença de morte.
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Divulgação |
Relembre o caso
Harris, de 33 anos, deixou o filho na cadeirinha no banco traseiro entre 9h e 16h do último dia 18, quando fazia 31ºC. Ele afirma que deveria ter deixado o menino na creche antes de ir para o trabalho, mas se esqueceu dele. Segundo o jornal britânico, Harris ainda teria voltado ao seu carro na hora do almoço para buscar um objeto. O pai foi acusado de crueldade infantil e homicídio, mas as investigações da polícia ainda avaliam se o crime pode ter sido premeditado.
Em entrevista à CNN, o sargento Dana Pierce, responsável pelo caso, afirmou que a história não é tão simples quanto parece. “Muita coisa mudou nas circunstâncias que levaram à morte esse menino de 22 meses desde que ela foi comunicada. Eu trabalho com investigação policial há 34 anos. O que eu sei sobre esse caso me choca como policial, pai e avô”, disse. Pierce não explicou o que quis dizer com isso, devido à investigação, mas deixou claro que não se tratava apenas de um acidente provocado pelo calor.
Por volta de 16h do último dia 18, Harris estacionou seu carro no estacionamento de um shopping e começou a gritar pedindo ajuda. “As respostas que o pai deu aos socorristas que chegaram ao local não faziam muito sentido”, explicou o sargento. “Eu não posso confirmar que a criança, conforme foi informado (pelo pai), estava no carro às 9h da manhã”, afirmou Pierce.
Fonte: Extra/JE